Brasil integra cerimônias alusivas aos 50 anos do golpe de Estado no Chile
Ministros Silvio Almeida e Flávio Dino estão em Santiago, no Chile, nesta segunda-feira (11/09). Entre as agendas, consta a inauguração de placas em homenagem a brasileiros exilados no país vizinho durante a ditadura militar
Os ministros dos Direitos Humanos e da Cidadania (MDHC), Silvio Almeida, e da Justiça e Segurança Pública (MJSP), Flávio Dino, participaram de atos alusivos aos 50 anos do golpe de Estado no Chile nesta segunda-feira (11). Em Santiago, capital chilena, os representantes do governo federal estiveram em agendas de memória e justiça referentes aos milhares de mortos e torturados pelo regime ditatorial chileno. Nesta segunda-feira (11), o presidente chileno, Gabriel Boric, recepcionou os convidados estrangeiros, que participaram, no Palácio de La Moneda, de ato cultural e ato comemorativo de alto nível.
Entre os destaques da programação, está a inauguração de placas em homenagem a brasileiros exilados no país vizinho durante a ditadura militar. As placas celebram a memória da expressiva comunidade brasileira exilada no Chile antes do golpe e os mortos e outras vítimas brasileiras de violações de direitos humanos pela ditadura chilena. Elas serão instaladas na Praça Brasil, em Santiago, e posteriormente na Embaixada do Brasil, pois o prédio está em reforma.
A iniciativa é do Itamaraty, do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania (MDHC) e de um grupo expressivo de ex-exilados brasileiros no Chile que viajaram ao país vizinho por meios próprios, com o objetivo de homenagear o país que os recebeu no passado.
No âmbito das ações, também foi inaugurada, nesse domingo (10), a exposição fotográfica "Evandro Teixeira Fotoperiodismo y Dictadura - Brasil 1964/Chile 1973”, neste domingo (10), com a participação do ministro Silvio Almeida.
Durante a solenidade, o ministro ressaltou que as imagens históricas registradas pelo fotojornalista brasileiro Evandro Teixeira mostram que, mesmo nas situações mais difíceis, é possível ter esperança e acreditar no futuro. “[Esse] trabalho abre a dimensão da memória, que se relaciona com a necessidade da justiça. Não há memória sem justiça e vice-versa. Memória e justiça devem ser acompanhadas pela busca incessante da verdade. É nosso papel aqui dizer 'nunca mais' a todo o momento, porque a todo momento o fascismo nos ronda”, afirmou.
Até o dia 15 de outubro, cerca de 40 fotos estarão à mostra no Museu da Memória e dos Direitos Humanos, em Santiago. A exposição do fotojornalista brasileiro Evandro Teixeira retrata momentos da resistência à ditadura militar no Chile, período que durou de 1973 a 1990.
Por: Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania (MDHC)
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