Brasil assumirá a Presidência do G20 pela primeira vez
Presidente Lula participará de três sessões da cúpula em Nova Délhi nos dias 9 e 10/9, além de reuniões bilaterais com outros líderes mundiais
O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, viaja na quinta-feira (07/09), para participar nos próximos sábado e domingo, dias 9 e 10, da 18ª Cúpula de chefes de Estado e governo do G20, em Nova Délhi, capital da Índia. No fim do evento, o Brasil receberá do país anfitrião a presidência do grupo, que reúne 19 das maiores economias do mundo e a União Europeia, pela primeira vez.
Além do evento, que terá a participação de mais nove países convidados e diversas organizações internacionais chamadas, a expectativa é que o presidente tenha reuniões bilaterais com vários dos líderes mundiais que estarão presentes.
No fim do evento, o Brasil receberá da Índia a incumbência de presidir o G20 no próximo mandato, que se inicia em 1º de dezembro deste ano e irá até 30 de novembro de 2024. Nesse ciclo, o país deverá organizar mais de 100 reuniões oficiais, que incluem cerca de 20 reuniões ministeriais, 50 reuniões de alto nível e eventos paralelos como seminários.
O ponto alto no período será a próxima Cúpula do G20, programada para ocorrer nos dias 18 e 19 de novembro de 2024, no Rio de Janeiro. No programa “Conversa com o Presidente” desta terça-feira, dia 5, Lula comentou sobre os mandatos que o Brasil terá à frente do G20 e outros organismos internacionais.
"Vamos presidir o G20 ano que vem; em 2025, vamos presidir os BRICS e (também em 2025) vamos fazer a COP30, em Belém. São três megaeventos que vão dar ao Brasil uma visibilidade diferente do que ele teve nos últimos anos. O Brasil volta a fazer com que o mundo nos respeite, pela seriedade com que a gente trata as pessoas e a seriedade com que a gente trata a questão do clima", argumentou Lula.
Programação
No sábado (09/09), o presidente irá participar de duas reuniões temáticas do G20: o painel “Um Planeta”, que se ocupará de temas como desenvolvimento sustentável, transição energética, mudanças climáticas, preservação ambiental e emissões de carbono; o painel “Uma Família”, que irá tratar de temas como crescimento inclusivo, progresso nos objetivos de desenvolvimento sustentável (ODS), educação, saúde e desenvolvimento liderado por mulheres. No domingo, dia 10, está prevista a terceira sessão da cúpula, intitulada “Um Futuro”, painel que terá como temas as transformações tecnológicas, a infraestrutura pública digital, reformas multilaterais e o futuro do trabalho e emprego.
Na sequência da terceira reunião, haverá a cerimônia de transferência da presidência do G20. O primeiro-ministro indiano, Narendra Modi, irá falar sobre a presidência da Índia em 2023. O presidente Lula vai encerrar o evento, apresentando os temas e as expectativas para o mandato do Brasil em 2024.
O G20
O grupo é formado por África do Sul, Alemanha, Arábia Saudita, Argentina, Austrália, Brasil, Canadá, China, Coréia do Sul, Estados Unidos, França, Índia, Indonésia, Itália, Japão, México, Reino Unido, Rússia, Turquia e União Europeia. Para esta cúpula, também foram convidados Bangladesh, Egito, Emirados Árabes Unidos, Espanha, Ilhas Maurício, Nigéria, Omã, Países Baixos e Singapura.
Uma série de entidades internacionais também são participantes fixas das cúpulas do G20: Organização das Nações Unidas (ONU), Fundo Monetário Internacional (FMI), Banco Mundial (BM), Organização Mundial do Comércio (OMC), Organização Mundial da Saúde (OMS), Organização Internacional do Trabalho (OIT), Conselho de Estabilidade Financeira (FSB, da sigla em inglês Financial Stability Board) e Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).
A União Africana, que atualmente é presidida pelo governo de Comores e apresentou ao presidente Lula um pedido de apoio para entrar no G20, também é uma das convidadas fixas, assim como a Agência de Desenvolvimento da União Africana (AUDA-NEPAD) e a Associação de Nações do Sudeste Asiático (ASEAN). A Índia também convidou a Aliança Solar Internacional (ISA), Coalizão por uma Infraestrutura Resiliente a Desastres (CDRI) e o Banco Asiático de Desenvolvimento (ADB).
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Por: Planalto
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