Defesa regulamenta participação de paratletas militares em competições nacionais e internacionais
Documento traz como novidade a possibilidade da pasta e das Forças custearem o treinamento e a participação desses paratletas em eventos nacionais e internacionais representando as instituições
Nesta quinta-feira (21), Dia Nacional de Luta da Pessoa com Deficiência, o Ministro da Defesa, José Mucio Monteiro Filho, assinou portaria que regulamenta a participação de militares das Forças Armadas em competições paradesportivas. O documento traz como novidade a possibilidade da pasta e das Forças custearem o treinamento e a participação desses paratletas em eventos nacionais e internacionais representando as instituições. A iniciativa beneficia os reformados inaptos para o serviço ativo militar, em consequência de ferimento ou enfermidade.
Segundo o Secretário-geral do MD, Luiz Henrique Pochyly, o ato é um estímulo ao paradesporto militar e viabiliza aos praticantes condições mais favoráveis para o desenvolvimento de potenciais, com reflexos positivos para o desempenho do país em eventos de repercussão mundial. “A regulamentação do paradesporto militar é mais uma importante iniciativa do Ministério da Defesa e das Forças Armadas na promoção da valorização do indivíduo, na inclusão social e no fortalecimento da cidadania”, afirma.
Atualmente, 106 militares das Forças Armadas estão cadastrados no paradesporto e competem em três modalidades: tiro paradesportivo, tiro com arco e vôlei sentado. Há estudos na Comissão Desportiva Militar do Brasil (CDMB), ligada ao Ministério da Defesa, para promover a participação de paratletas nas modalidades de atletismo e natação.
Paratleta
Emerson Silva é primeiro sargento reformado do Exército. Em 2009, o militar teve uma séria lesão no braço que o impediu de permanecer no serviço ativo. Mesmo com as sequelas e o longo tratamento, ele não desistiu do esporte e, em 2022, recebeu convite para representar o Comando Militar do Oeste na Olimpíada do Exército em Campinas.
Hoje, Emerson compete no tiro esportivo paralímpico, na prova de carabina olímpica de ar e na prova de carabina calibre 22. “A portaria é de suma importância, pois dará um apoio legal para que cada Força possa fomentar e capacitar os seus militares reformados, transformando-os em paratletas. É um marco histórico para o desporto militar do Brasil. Tenho certeza que traremos muitos frutos positivos”. Atualmente, Emerson é 2º colocado no ranking brasileiro na prova de carabina 22 e 4º colocado na prova de carabina de ar.
João do Pulo
O Ministério da Defesa realiza, desde 2015, o Projeto João do Pulo (PJP), que visa à reintegração social dos militares que tenham adquirido alguma deficiência física em consequência de acidente ou enfermidade durante a carreira. Atualmente, o PJP também presta atendimento a pessoas com deficiência, priorizando crianças a partir dos 6 anos de idade, jovens e adolescentes em estado de vulnerabilidade social. Somente em 2023, 1084 pessoas foram beneficiadas.
Por: Ministério da Defesa
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