Fiocruz Paraná apresenta tecnologia para diagnóstico de câncer de mama
A tecnologia foi apresentada na edição deste ano do Bio International Convention (BioConvention), na 2ª Brazilian Startup Day, na cidade de Boston (EUA)
Uma tecnologia desenvolvida no Instituto Carlos Chagas (Fiocruz Paraná) oferece um método pouco invasivo, rápido e de baixo custo para o diagnóstico precoce do câncer de mama. Para tanto, a proposta usa um biossensor avançado, desenvolvido pela equipe coordenada pelo pesquisador da Fiocruz Paraná, Leonardo Foti, da qual faz parte Maria Luiza Ferreira dos Santos, coautora da ideia. A tecnologia foi apresentada na edição deste ano do Bio International Convention (BioConvention), na 2ª Brazilian Startup Day, na cidade de Boston (EUA). Durante o evento, o Pavilhão Brasil contou com a participação de 56 empresas brasileiras. A delegação brasileira incluiu membros do Ministério da Saúde, Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Consulado do Brasil em Boston, Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil), Fiocruz e Instituto Butantan.
“A participação no BioConvention é de extrema importância. Este evento é reconhecido como o maior encontro de biotecnologia do mundo, reunindo profissionais, especialistas e investidores da área. É uma oportunidade para compartilhar a tecnologia, estabelecer parcerias estratégicas e obter visibilidade internacional. Além disso, participar do congresso nos permite acompanhar as últimas tendências e avanços na biotecnologia, identificando possíveis colaborações e oportunidades de crescimento para o projeto”, afirma Foti.
Além das atividades no Pavilhão Brasil, o evento incluiu o 8º Summit Brasil, no qual foram discutidos ecossistema de inovação, políticas públicas e investimentos em deeptechs de saúde brasileiras, e a segunda edição do Brazilian Startup Day, que proporcionou a startups brasileiras a oportunidade de apresentarem seus negócios e se encontrarem com investidores internacionais.
Os primeiros estudos do projeto começaram há alguns anos e envolveram uma equipe de profissionais de saúde, engenharia e biotecnologia. “Durante esse período, foram realizados testes e experimentos para aprimorar a tecnologia, garantindo sua eficácia e segurança”, diz Foti. “Acreditamos que, por meio de parcerias e investimentos, poderemos impulsionar o avanço da medicina e contribuir para o diagnóstico precoce do câncer de mama, beneficiando milhares de pessoas em todo o mundo”, finaliza o pesquisador da Fiocruz Paraná.
O projeto conta com o apoio do Programa Empreendedorismo Fiocruz, como tecnologia piloto 1, que busca o amadurecimento e licenciamento das tecnologias desenvolvidas no âmbito da Fiocruz, visando cumprir a missão institucional e impactar a saúde pública. Apoiado por pelo Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos (Bio-Manguinhos/Fiocruz) e pela Fiocruz Paraná, o projeto tem colaboração com o Instituto Nacional de Saúde da Mulher, da Criança e do adolescente Fernandes Figueiras (IFF/Fiocruz) e com os Núcleos de Avaliação de Tecnologias em Saúde, do Centro de Desenvolvimento Tecnológico em Saúde (CDTS/Fiocruz).
Essas iniciativas, em parceria com a Associação Brasileira da Indústria de Insumos Farmacêuticos (Abiquifi) e ApexBrasil, visam fortalecer a presença do Brasil no cenário internacional da saúde, promovendo a inovação, a troca de tecnologia e as exportações das empresas brasileiras no setor farmacêutico e de biotecnologia.
Por: Instituto Carlos Chagas (Fiocruz Paraná)
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