Metodologia da análise do ciclo de vida dos combustíveis do "poço à roda" integra PL Combustível do Futuro
Projeto prevê a integração das diversas políticas públicas voltadas para mobilidade de baixo carbono
O Projeto de Lei do Programa Combustível do Futuro, apresentado e assinado, nesta quinta-feira (14/09), pelo Governo Federal para envio ao Congresso Nacional, traz uma metodologia inovadora para a análise das emissões de CO2 e propõe a integração entre a Política Nacional de Biocombustíveis (RenovaBio), o Programa Rota 2030 - Mobilidade e Logística e o Programa Brasileiro de Etiquetagem (PBE Veicular). O Combustível do Futuro colocará a legislação brasileira dentre as mais modernas do mundo quanto a metas de redução de emissões veiculares. Para tanto, a proposta estabelece diretrizes para quantificar as emissões por meio da análise do ciclo de vida do poço à roda, levando em conta todas as etapas da produção do combustível e geração de energia.
O Brasil avança em relação à maioria dos países, que adotam metas de eficiência energética e emissões baseadas no conceito "do tanque à roda", que considera apenas a queima do combustível do motor. Essa abordagem gera a falsa impressão de que um carro elétrico, por exemplo, é considerado um veículo de zero emissões, quando de fato sabe-se que a geração de energia também pode emitir gases de efeito estufa.
O Combustível do Futuro preza pela neutralidade tecnológica, pois trata todas as tecnologias veiculares a partir do mesmo princípio, com foco no combate às emissões de carbono. Na perspectiva do "poço à roda", as emissões e capturas de gases de efeito estufa de todo o ciclo de vida da fonte de energia são contabilizadas, desde a extração dos recursos, geração de energia, produção do combustível, até o consumo nos motores.
Por: Ministério de Minas e Energia (MME)
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