Ministra Luciana Santos defende cooperação científica de mais de 40 anos com a China durante 16º Fórum de Inovação de Pujiang, em Xangai
O evento teve, neste ano, o Brasil como país homenageado
A ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos, enalteceu a parceria científica de mais de 40 anos entre Brasil e China e defendeu a cooperação internacional para superação de desafios globais, durante mensagem enviada ao 16º Fórum de Inovação de Pujiang, que ocorreu em Xangai, na China, até esta segunda (11). O evento teve, neste ano, o Brasil como país homenageado e contou com a participação de uma delegação brasileira chefiada pelo presidente da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), Celso Pansera. O MCTI também foi representado pela Secretaria de Desenvolvimento Tecnológico e Inovação (SETEC).
“Ser o país de honra do Fórum de Pujiang é uma clara sinalização do desejo de aproximação dos ecossistemas de inovação brasileiros e chineses”, afirmou a ministra, em vídeo. “A cooperação internacional e a diplomacia científica e da inovação são instrumentos relevantes para enfrentar os grandes desafios nacionais e globais. E consideramos a China um parceiro estratégico do Brasil”, completou.
O ministro da Ciência e Tecnologia da China, Wang Zhigang, lembrou que o país formou parcerias científicas e tecnológicas com mais de 160 países e regiões. Destacou ainda que o ministério chinês busca aprofundar a cooperação entre departamentos governamentais e grupos civis em ciência e tecnologia, ampliar a abertura e o compartilhamento de recursos científicos e tecnológicos e participar na governança internacional da ciência e da tecnologia.
Participação brasileira
Durante o Fórum, participantes brasileiros tiveram a oportunidade de mostrar o que tem sido feito no país para alavancar a inovação. Representantes do parque tecnológico, Biotic, do Distrito Federal, e professores da Universidade Federal de Goiás (UFG), Universidade Federal do Espírito Santo (UFES), UEM (Universidade Estadual de Maringá) e Universidade de Brasília (UnB) proferiram palestras. Além disso, diversas empresas brasileiras puderam expor na InnoMatch Expo, feira de negócios. O estande foi elaborado e patrocinado pela China Brazil Innovation Week , uma ação do Consulado brasileiro em Xangai.
Outro ponto de destaque do Fórum foi a realização do 1° Seminário Brasil-China de Nanotecnologia, durante o qual pesquisadores e governos apresentaram suas principais linhas de pesquisa e buscaram alinhamento mútuo para cooperações futuras. O diretor de Programas de Inovação da Secretaria de Desenvolvimento Tecnológico e Inovação do MCTI, Osório Coelho, destacou em discurso as novas diretrizes e estratégias da pasta para o setor de nanotecnologia e as diretrizes da próxima Estratégia Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação (ENCTI 2023-2030).
A comitiva brasileira visitou ainda o Laboratório de Nanotecnologia do National Engineering Research Center for Nanotechnology . Na ocasião, o diretor Osório Coelho propôs um grupo de trabalho conjunto para fortalecimento das próximas parcerias na área entre Brasil e China.
Memorando de Entendimento
Durante a viagem oficial, também foi assinado um Memorando de Entendimento entre a Finep e a prefeitura de Xangai. O documento visa desenvolver e fortalecer a cooperação científica entre ambos os países em áreas como agricultura, aeroespacial, nanotecnologia, informação e comunicação, IA, Saúde, e tecnologias verdes, entre outras.
O Fórum
Sob o tema "Ecossistema de Inovação Aberta: Inovação para Conectividade Global", o evento atraiu, ao longo de três dias, mais de 300 convidados de 32 países e regiões. O evento, que ocorre anualmente, busca promover o intercâmbio de desenvolvimento inovador, a disseminação de conceitos avançados, e a comunicação de ideias entre academia, governo e indústria. Também divulgar as políticas mais recentes sobre o tema e incentiva a cooperação internacional em ciência e tecnologia.
No Fórum, o diretor de programas de inovação da SETEC, Osório Coelho, enfatizou a importância dos processos de transferência de tecnologia como indutores da inovação. Em relação ao Brasil, Osório apresentou um panorama do Sistema de Inovação Brasileiro, citando os atores de inovação e os principais instrumentos de apoio ao desenvolvimento tecnológico.
Por: Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação
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