Social e Políticas Públicas

Ministros visitam o Rio Grande do Sul e garantem que não faltarão recursos aos municípios afetados pelo ciclone

Governo Federal fará repasses para atendimento à população, restabelecimento de serviços essenciais e reconstrução de moradias e infraestrutura destruídas pelo desastre

06/09/2023 16:32
Ministros visitam o Rio Grande do Sul e garantem que não faltarão recursos aos municípios afetados pelo ciclone
Foto: Divulgação/MIDR

 

Por determinação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o ministro da Integração e do Desenvolvimento Regional, Waldez Góes, e o ministro-chefe da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, Paulo Pimenta, estiveram no Rio Grande do Sul, nesta quarta-feira (06/09), para ver de perto a situação dos municípios gaúchos afetados por um ciclone extratropical. Os ministros garantiram que não faltarão recursos do Governo Federal para atendimento à população, restabelecimento de serviços essenciais e, em um segundo momento, reconstrução de moradias e infraestrutura pública destruídas pelo desastre.

A comitiva, que chegou ao Rio Grande do Sul no início da manhã, fez um sobrevoo às cidades de Muçum, Roca Sales, Encantado e Santa Teresa, que estão entre os mais afetados pelas fortes chuvas. Também houve visita a abrigos na cidade de Lajeado e uma reunião, em Caxias do Sul, com prefeitos e representantes das defesas civis municipais. O governador Eduardo Leite e o secretário nacional de Proteção e Defesa Civil, Wolnei Wolff, também participaram das atividades.

“O presidente Lula nos garantiu que não faltarão recursos para nenhum município que esteja passando ou tenha passado por qualquer desastre e isso eu reafirmo aqui, sem ter a menor dúvida”, afirmou o ministro Waldez Góes. “A gente faz um trabalho, que é colocar nossa equipe próxima às defesas civis estaduais e municipais desde o primeiro instante do desastre, pois queremos dar respostas o mais rápido possível. Vamos dar todo apoio necessário para agilizar os reconhecimentos de situação de emergência e de repasse de recursos”, completou.

Segundo o ministro Waldez Góes, neste momento, a prioridade é a assistência humanitária. “Em primeiro lugar, a determinação é salvar vidas, colocar as pessoas no alojamento, num abrigo, dar comida, dar remédio, dar colchão e dar roupa, se precisar”, apontou. “Depois tem a parte de limpar rua, praça, e nós apoiamos. Por fim, temos a parte da reconstrução, que exige um trabalho mais minucioso, temos que saber quantas casas foram destruídas e se tem alguma via destruída, por exemplo”, explicou.

O ministro Paulo Pimenta se solidarizou com a população atingida pelo desastre. “Queremos deixar a nossa solidariedade, nosso carinho a todos os familiares e amigos das mais de 30 pessoas que, lamentavelmente, perderam suas vidas. Nosso primeiro gesto é em direção a essas pessoas. Em segundo lugar, queremos agradecer todas as equipes que estão trabalhando para ajudar no restabelecimento dos municípios, alguns até de forma voluntária”, destacou.

“Nós estamos atuando desde o primeiro tempo em meio a essa situação que envolve o estado. Aqui, no início do ano, tivemos estiagem, em seguida teve o primeiro ciclone, depois o segundo ciclone e, agora, estamos enfrentando esta situação tão séria. Desde o último sábado, nossas equipes do Governo Federal estão conversando e orientando representantes dos municípios. Mas, infelizmente, o evento climático foi maior do que a gente imaginava, o que, infelizmente, tem ocorrido com frequência”, completou Pimenta.

Calamidade pública estadual

O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, decretou, nesta quarta-feira, estado de calamidade pública no estado, dois dias após a passagem do ciclone extratropical na Região Sul deixar vários estragos e, ao menos, 32 mortos. Leite informou que o Ministério da Defesa, por meio do Exército Brasileiro, irá enviar 180 militares ao Rio Grande do Sul para auxiliar as ações de resgate e atendimento à população, além de maquinário, como caminhões e retroescavadeiras, para limpeza urbana e restabelecimento de serviços. Leite ressaltou que também solicitou aos bancos públicos estaduais a criação de linhas de crédito específicas para a reconstrução de moradias.

Eduardo Leite destacou, ainda, a importância do apoio do Governo Federal e do trabalho integrado entre União, estados e municípios para dar mais agilidade ao atendimento à população atingida. “Precisamos estar firmes neste momento. Me conforta saber que tem tanta gente envolvida e dedicada a restabelecer a normalidade e reconstruir o que for necessário o quanto antes”, afirmou.

O casal Maristela e Lindomar da Silva, de Lajeado, teve a casa atingida pelas enchentes causadas pelo ciclone e, no momento, está em um abrigo. “Moramos no foco da enchente. Perdemos tudo dentro de casa. A água veio muito rápido, quando percebemos já estava na cintura”, contou Lindomar. “Nossa casa agora ainda está debaixo d´água, não dá nem para ver. Estamos em uma situação crítica, mas sabemos que vamos receber esse apoio, essa força da comunidade. Lajeado é rica de pessoas solidárias e com o coração bom para ajudar”, completou.

Mais ações

Equipes da Defesa Civil Nacional estão no estado desde a segunda-feira, onde apoiam as prefeituras das cidades atingidas na elaboração dos pedidos de reconhecimento de situação de emergência e de repasse de recursos para assistência humanitária e restabelecimento de serviços essenciais.

Segundo a Defesa Civil do Rio Grande do Sul, 70 municípios foram afetados, deixando 1.650 pessoas desabrigadas, 3.084 desalojadas e mais de 52 mil afetadas de alguma forma. Nesta quarta-feira, cinco integrantes do Grupo de Apoio ao Desastre (Gade) chegaram ao estado para auxiliar nas ações de socorro e dar suporte aos municípios.

Solicitação de recursos

Cidades em situação de emergência ou estado de calamidade pública reconhecido pela Defesa Civil Nacional estão aptas a solicitar recursos do Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional para atendimento à população afetada.

As ações envolvem socorro, assistência às vítimas, restabelecimento de serviços essenciais e reconstrução de infraestrutura destruída ou danificada. A solicitação deve ser feita por meio do Sistema Integrado de Informações sobre Desastres (S2iD).

Com base nas informações enviadas, a equipe técnica da Defesa Civil Nacional avalia as metas e os valores solicitados. Com a aprovação, é publicada portaria no DOU com a valor ser liberado.

Capacitações da Defesa Civil Nacional

A Defesa Civil Nacional oferece uma série de cursos a distância para habilitar e qualificar agentes municipais e estaduais para o uso do S2iD. As capacitações têm como foco os agentes de proteção e defesa civil nas três esferas de governo. Confira neste link a lista completa dos cursos.

Por: Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR)


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