Infraestrutura
MME e Serviço Geológico do Brasil atuam para prevenir desastres e emissão de alertas hidrológicos
Trabalho mapeia possíveis riscos geológicos, contribuindo para o desenvolvimento de políticas públicas de prevenção e monitoramento
12/09/2023 00:00
Foto: Divulgção/Serviço Geológico do Brasil
O Ministério de Minas e Energia (MME) e o Serviço Geológico do Brasil (SGB) está atuando na prevenção de desastres e na operação de Sistemas de Alerta de cheias no Brasil. Desde 2011, já foram mapeados 1.675 municípios brasileiro e até o final de 2023, a previsão é que mais 95 regiões tenham novas Cartografias de Riscos Geológicos - os mapas de risco.
Para a prevenção de desastres, a atuação acontece de três formas: 1) mapeando as áreas urbanas de risco geológico alto e muito alto (chamada de setorização de riscos geológicos); 2) mapeando a possibilidade de movimentos gravitacionais de massa e inundações (Cartografia de suscetibilidade a movimentos de massa e inundações); e 3) apresentando a área que será afetada, caso ocorra algum movimento de massa (chamada Cartografia de perigo).
“O SGB identifica as áreas de alto e muito alto risco geológico e hidrológico, caracterizando o tipo de processo que o local está sujeito, que pode ser deslizamento, queda de rocha, inundação gradual ou brusca, por exemplo, e faz as recomendações básicas”, explicou o secretário Nacional de Geologia, Mineração e Transformação Mineral, Vitor Saback. “Além do apoio ao monitoramento e prevenção de desastres, o SGB elabora as cartas geotécnicas, que caracterizam os terrenos do ponto de vista geológico-geotécnico e definem as aptidões à ocupação quanto à probabilidade de ocorrência dos desastres naturais, fornecendo informações essenciais para crescimento urbano com segurança”, afirmou.
Entre os destaques das ações de prevenção, está o monitoramento de cheias no Brasil. A instituição possui 17 Sistemas de Alertas Hidrológico (SAH), instrumento fundamental no monitoramento e previsão dos níveis dos rios, gerando informação adiantada e possibilitando a tomada de decisões por parte da população e dos órgãos responsáveis.
Quando há iminência de atingimento de cotas de alerta e inundação nos municípios beneficiados pelos rios mapeados, são emitidos boletins com previsões hidrológicas para a Defesa Civil e parceiros cadastrados no site da instituição.
O trabalho tem o objetivo de promover o conhecimento prévio das áreas de risco geológico, que podem ocasionar desastres, e contribuir com o desenvolvimento de políticas de monitoramento e alertas cuja finalidade principal é preservar a vida humana.
Com as informações, os municípios, por meio dos seus Orgaos de defesa civil, devem impor medidas de restrição à ocupação, para evitar a expansão do problema, além de induzir práticas e normas técnicas que asseguram o uso adequado do solo em áreas não ocupadas. Todas as informações são divulgadas no portal do SGB, por meio do link Serviço Geológico do Brasil - SGB.
Rio Grande do Sul
O estado do Rio Grande do Sul foi bastante impactado pela passagem do ciclone extratropical na última segunda-feira (4/9). Ao todo, 61 municípios foram mapeados com a Setorização de Riscos Geológicos e 17 com a Cartografia de Suscetibilidade a Movimentos de Massa e Inundações. Dentre eles as regiões de Estrela, Muçum e Lajeado, municípios atingidos pelo ciclone.
Para as 3 bacias do RS – Cai, Taquari e Uruguai -, foram emitidos 43 boletins, a partir do dia 4 de setembro. O rio Cai beneficia os municípios de Montenegro e São Sebastião do Caí; o Taquari beneficia as regiões de Encantado, Estrela, Lajeado e Muçum e o rio Uruguai beneficia os municípios de Alegrete, Itaqui, Manoel Viana, São Borja, Rosário do Sul e Uruguaiana.
Leia também: Presidente presta solidariedade ao povo gaúcho e promete auxílio ágil a vítimas das chuvas
Por: Serviço Geológico do Brasil
A reprodução é gratuita desde que citada a fonte