Flávio Dino destaca integração e cooperação para o enfrentar crime organizado
Titular da Pasta falou a autoridades de países da América Latina e Caribe
O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, participou, nesta terça-feira (26), da 13ª Semana da Segurança Cidadã e Justiça, que acontece até sexta-feira (29) no Palácio da Justiça. Organizado pelo MJSP com o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e a Secretaria de Justiça e Direitos Humanos do Governo da Bahia, o evento é o maior da América Latina e do Caribe voltado ao tema. A agenda conta com representantes de mais de 15 países, entre ministros, vice-ministros, secretários nacionais, assessores, representantes das embaixadas, entre outros.
O objetivo é oferecer aos responsáveis por políticas públicas nessas áreas, especialistas, acadêmicos e sociedade civil em geral, uma plataforma de diálogo e troca de experiências e boas práticas implementadas no setor de segurança e justiça.
Neste sentido, o ministro destacou a integração e cooperação como diretrizes do MJSP para o enfrentamento à criminalidade organizada, foco do debate do fórum neste ano.
“Convivemos com aproximadamente 60 facções criminosas ativas no Brasil, e algumas delas de dimensão nacional. Por isso, priorizamos o trabalho conjunto envolvendo governo federal, governos estaduais, prefeituras, autarquias e governos municipais. Apesar de ser uma tarefa local, uma tarefa dos estados federados e não do governo federal, estamos aprimorando a ação das nossas polícias e estamos mais presentes no dia a dia dos Estados. Temos permanentemente dialogado com as forças policiais estaduais para que atuemos de modo cooperativo”, destacou.
Conforme o Chefe da Pasta, o objetivo do MJSP é não só garantir o cumprimento das competências da Força Nacional, da Polícia Federal e da Polícia Rodoviária Federal, mas também apoiar os estados em situações emergenciais. Além dos órgãos de segurança, o ministro frisou o trabalho em conjunto e pontual com as Forças Armadas para ações de repressão a crimes.
“Estamos de braços dados, mais ou menos com os mesmos desafios. Pode mudar a configuração local, certas peculiaridades, mas de um modo geral, nós temos esses desafios relacionados ao narcotráfico e suas derivações”, encerrou Dino.
Amazônia
Parte dos países representados é atravessada pela Amazônia, região com grande presença do crime organizado, responsável por uma cadeia de crimes com atuação transfronteiriça. Também durante o evento, o ministro destacou que o território também tem recebido atenção especial do Governo Federal, como o Plano Amazônia: Segurança e Soberania, cujo financiamento do BNDES foi mencionado também no evento pelo secretário-executivo Ricardo Cappelli.
“Temos preocupações no que se refere a políticas setoriais. E aí eu me refiro para exemplificar a atuação na Amazônia brasileira, que tem um largo alcance nos nossos países fronteiriços e tem sentido também internacional, uma vez que nós sabemos que os fenômenos climáticos extremos dependem para a sua superação, de a Amazônia continuar a cumprir o seu papel de provedora de segurança climática no mundo e, por isso mesmo, a presença do governo federal é muito demandada na Amazônia”, encerrou Dino.
Por: Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP)
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