Visando o futuro, MME debate investimentos em hidrogênio no Brasil
Evento teve objetivo de debater sobre as oportunidades e desafios que mercado terá no país
Considerada uma das alternativas frente aos desafios para a descarbonização de diversos setores, o hidrogênio de baixa emissão de carbono pode trazer benefícios significativos para a economia brasileira. Projetando esse cenário para o futuro, o Ministério de Minas e Energia (MME) participou, na última quinta-feira (21/09), de um evento online para debater sobre os investimentos em hidrogênio no Brasil.
Com objetivo de discutir as oportunidades e desafios que esse novo mercado terá no Brasil, a diretora substituta de Transição Energética, Patricia Naccache, participou do evento, representando o MME, e destacou o potencial brasileiro na produção de hidrogênio, chegando à estimativa de 1,8 gigatoneladas por ano.
Estudos recentes sobre transição energética colocam o hidrogênio de baixa emissão de carbono como uma das soluções tecnológicas para neutralidade de carbono até 2050. “O hidrogênio pode ser utilizado como uma solução tecnológica relevante para a descarbonização da indústria, em setores de difícil abatimento de emissões, como siderurgia e metalurgia, por exemplo. No Brasil, os segmentos de metalurgia e cimento foram responsáveis por 52% das emissões de gases de efeito estufa do setor industrial brasileiro em 2022”, pontuou Naccache.
O hidrogênio de baixa emissão de carbono pode ser produzido por diversas rotas tecnológicas. No Brasil, o setor tem o potencial de impulsionar a inovação em variados setores, criar empregos e fomentar o desenvolvimento econômico.
PNH2
O Plano de Trabalho Trienal 2023-2025 do Programa Nacional do Hidrogênio (PNH2), lançado pelo ministro Alexandre Silveira em agosto deste ano, destaca que uma das ações prioritárias pelo MME é aumentar em quase sete vezes os investimentos anuais em pesquisa, desenvolvimento e inovação em hidrogênio de baixa emissão de carbono. Como resultado das ações propostas no plano, eles passarão de R$29 milhões, em 2020, para R$200 milhões ao ano em 2025.
Outra definição do plano é a estratégia com três marcos temporais. Em 2025, a proposta é disseminar as plantas piloto de hidrogênio de baixa emissão de carbono em todas as regiões do país. Em 2030, o objetivo é a consolidação do Brasil como o mais competitivo produtor da commodity no mundo e, em 2035, a consolidação de hubs de hidrogênio de baixa emissão de carbono no Brasil.
Por: Ministério de Minas e Energia (MME)
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