Com R$ 1,5 bi, novo Brasil Mais Produtivo vai triplicar atendimento a pequenas e médias indústrias
Alckmin anuncia que, além de Sebrae, Senai e ABDI, programa agora contará com recursos de BNDES e da Finep para digitalizar e aumentar produtividade das empresas
O programa Brasil Mais Produtivo vai intensificar sua atuação, mobilizando recursos de entidades parceiras para alcançar mais de 90 mil micro, pequenas e médias empresas (MPMEs) industriais nos próximos anos, anunciou o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços Geraldo Alckmin nesta terça-feira (3/10), durante Congresso da Micro, Pequena e Média Indústria, realizado em São Paulo.
O compromisso anunciado pelo vice-presidente de ampliação do programa Brasil Mais Produtivo corresponde ao triplo do total de atendimentos realizados no segmento industrial desde o início do programa, em 2016. Os recursos disponíveis para esse salto serão da ordem de R$ 1,5 bilhão.
“São recursos expressivos e com trabalho focado, empresa por empresa, no sentido de que possam ter mais produtividade e crescer ainda mais”, disse Alckmin.
Coordenado pelo MDIC, o programa tem apoio da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI) e é executado por Sebrae e Senai.
Segundo destacou o ministro, a “expertise de excelência” do Sebrae e do Senai, presentes no programa desde o começo, se junta agora ao apoio financeiro do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), agência pública de ligada ao Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI). O vice-presidente ressaltou que o programa agora ganha também a parceria do Ministério do Empreendedorismo, da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte, liderado por Marcio França, também presente ao evento na Fiesp.
Com a nova configuração, o Brasil Mais Produtivo, que atende também os setores de comércio e serviços, se transforma no maior e mais impactante programa de produtividade para MPMEs no país.
Uma das novidades da nova fase é justamente a inclusão do BNDES e da Finep no programa. As duas instituições vão apoiar projetos de transformação digital e de disseminação de novas tecnologias, com linhas de financiamento e aportes de recursos não reembolsáveis para um total previsto de 7,2 mil empresas.
Outra novidade é um alinhamento maior entre Sebrae e Senai no apoio às MPMEs, com mais interação das entidades nas consultorias envolvendo manufatura enxuta, eficiência energética e de apoio à transformação digital, bem como adoção de melhores práticas de produtividade e digitalização da gestão do negócio.
Dentro do escopo do programa, o Sebrae terá como meta atender 50 mil empresas industriais para melhores práticas de gestão e digitalização do negócio; enquanto o Senai deverá atender 34,2 mil MPMEs com o objetivo de otimizar processos industriais em produtividade ou eficiência energética, bem como de transformação digital.
Além disso, uma plataforma digital operada pelo Senai vai oferecer material, cursos e ferramentas para aprendizado e aplicação contínua, envolvendo todos os parceiros na meta de engajar até 200 mil MPMEs nesse processo.
Apesar de as linhas gerais do novo Brasil Mais Produtivo já estarem definidas, o desenho final do programa ainda está em construção e deverá ser anunciado nas próximas semanas.
Congresso MPME - Congresso da Micro, Pequena e Média Indústria, promovido pela Fiesp, em São Paulo, teve como objetivo debater as oportunidades para a construção de uma nova estratégia empresarial, a partir de temas como macrotendências mundiais, eficiência energética, transformação digital, inteligência artificial e empreendedorismo.
Participaram da abertura do Congresso, ao lado de Alckmin, o ministro do Empreendedorismo, da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte, Marcio França, o presidente do Sebrae, Décio Lima, e o presidente da Fiesp, Josué Gomes.
Por: Planalto
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