Descarbonização, um processo que pode ajudar o meio ambiente
A transição energética está diretamente relacionada às varias formas de reduzir ou eliminar as emissões de carbono numa região ou em um setor
As mudanças climáticas estão na ordem do dia e eventos nacionais e internacionais vêm acelerando essas discussões de forma intensa. Por isso, a palavra descarbonização está em evidência em vários setores, como na indústria, transporte e na geração de energia. Neste último caso, o Ministério de Minas e Energia (MME) tem desenvolvido ações e políticas que incentivam a substituição de fontes de energia que utiliza combustível fóssil para uma energia renovável. O Energias da Amazônia, lançado em agosto deste ano pelo presidente Lula é um exemplo dessa atuação.
O programa vai permitir a descarbonização na região, um dos processos importantes para a transição energética mundial. Ainda hoje, nos sistemas isolados da região amazônica, a energia ainda é majoritariamente a óleo diesel. A troca da matriz térmica na região por opções mais sustentáveis, como a solar, por exemplo, vai ajudar a reduzir milhões de toneladas na atmosfera.
Saindo dos sistemas isolados, nas grandes regiões e cidades, a descarbonização também é um grande desafio para indústrias pesadas, como de cimento e aço. Os dois setores não só consomem muita energia, mas emitem dióxido de carbono na atmosfera como parte do processo de produção.
O transporte também está no foco na transição energética. A queima de combustíveis fósseis pode causar graves danos ao meio ambiente e à saúde humana. Com foco em auxiliar a descarbonização da matriz de transportes brasileira, o MME coordena a Política Nacional de Biocombustíveis (RenovaBio). Essa ação incentiva à ampliação da produção e do uso de biocombustíveis.
Além disso, o Governo Federal apresentou ao Congresso Nacional o Projeto de Lei do Combustível do Futuro que trata também da descarbonização da matriz energética de transporte do Brasil.
Ambas iniciativas, o RenovaBio e o Programa Combustível do Futuro convergem para o impulsionamento da industrialização do Brasil, a partir da bioenergia, bem como para a descarbonização da matriz energética brasileira. Tudo isso se alinha à recente escolha do Brasil como País líder no tema “Transição Energética” no Diálogo de Alto Nível das Nações Unidas sobre Energia.
Com a transição energética, o custo da energia pode ser menor para os consumidores. Você sabe quais são os outros benefícios desse processo?
H2 COMO ALTERNATIVA
O Brasil tem potencial de ser um grande produtor de hidrogênio de baixo carbono. Diferente dos combustíveis fósseis, o aproveitamento energético do hidrogênio raramente se dá por sua combustão, mas sim por meio de uma transformação eletroquímica, realizada em células conhecidas como células a combustível.
Nesses equipamentos, o oxigênio existente na atmosfera se combina com o hidrogênio, produzindo energia elétrica e água. Ou seja, o processo de geração de energia por meio de células a combustível em si não impacta o meio ambiente, razão pela qual pode-se classificá-lo como sendo um processo limpo.
O MME comanda o Programa Nacional do Hidrogênio (PNH2) que é uma das peças para compor um portfólio de ações, programas e iniciativas de uma Política Nacional de Transição Energética. A construção do Plano de Trabalho do PNH2 teve a contribuição de mais de 40 instituições governamentais e mais de 650 contribuições registradas por meio da Consulta Pública nº 147/2022.
MAIS SOBRE O ENERGIAS DA AMAZÔNIA
O maior programa de descarbonização do mundo, o Energias da Amazônia, tem como objetivo de reduzir o uso de óleo diesel na produção de energia na região e, consequentemente, diminuir a emissão de gases de efeito estufa, substituindo o processo de geração de energia por fontes renováveis.
A iniciativa comandada pelo MME pretende garantir a qualidade e segurança do suprimento de energia elétrica para os mais de 3,1 milhões de pessoas que dependem dos sistemas isolados na região. Estão previstos cerca de R$ 5 bilhões em investimentos para viabilizar a transição dos sistemas isolados da Amazônia.
Por: Ministério de Minas e Energia (MME)
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