Dia para Redução do Risco de Desastres: estudos geológicos contribuem para salvar vidas

O Dia Internacional para Redução do Risco de Desastres, celebrado nesta sexta-feira (13/12), chama atenção para a importância de ações preventivas. Nesse sentido, o Serviço Geológico do Brasil (SGB) desempenha um papel fundamental. Com levantamentos geológicos, mapeamento de áreas de risco e previsão e alerta de eventos hidrológicos críticos, o SGB contribui para prevenir desastres e principalmente salvar vidas. Mais de 1.600 municípios já contam com estudos do SGB.

O diretor-presidente da instituição, Inácio Melo, ressalta que as ações são importantes aliadas na elaboração de políticas públicas integradas: "Nossos dados apoiam gestores na tomada de decisões. As informações também são essenciais para que sejam definidos os locais prioritários para recebimento de recursos federais, que visam prevenção e respostas a desastres. Um exemplo é que, em 2022, foi autorizado o repasse de mais de R$ 88 milhões para 25 municípios contemplados por nossos mapeamentos".

Com os estudos, o SGB já beneficiou mais de 95 milhões de pessoas, que vivem em cidades onde foram realizados estudos, como:

• Mapeamentos de áreas de risco;

• Cartografia de Suscetibilidade a Movimentos Gravitacionais de Massa e Inundações;

• Cartografias de Perigo Geológico;

• Cartas Geotécnicas de Aptidão à Urbanização;

• Avaliações Técnicas Pós-desastres;

• Diagnóstico da População em Áreas de Risco Geológico;

• Avaliação Geotécnica em Atrativos Turísticos.

Além de estudos geotécnicos, o SGB também opera 17 Sistemas de Alerta Hidrológico (SAH) que geram previsões sobre os níveis dos rios e possibilitam o gerenciamento de riscos e antecipações de ações. Assim, contribui para reduzir danos materiais e proteger vidas humanas.

Em 2022, as informações geradas pelo Sistema de Alerta Hidrológico da Bacia do Rio Caí, no Rio Grande do Sul, cooperaram para evitar prejuízo de mais de R$ 2,8 bilhões. O prejuízo potencialmente evitado nos municípios da Bacia do Rio Uruguai, onde opera o SAH Uruguai, superou os R$ 53 milhões. Esses dados fazem parte do Balanço Social do SGB.

Cartografia de Áreas de Risco

Por meio de mapeamentos, o SGB identifica e caracteriza áreas do município com risco geológico. Em todo o Brasil, já foram mapeados mais de 1.600 municípios, onde vivem mais de 95 milhões de habitantes. Nos estudos, o SGB identificou mais de 4 milhões de pessoas em áreas de risco.

Cartas de Suscetibilidade a Movimentos Gravitacionais de Massa e Inundações

Os documentos indicam a probabilidade de ocorrer, em todo o município (áreas urbanizadas e áreas sem ocupação), movimentos gravitacionais de massa, como deslizamentos e corridas de massa, além de processos hidrológicos, como inundações e enxurradas. Esses estudos já foram realizados em mais de 600 municípios, atendendo mais de 103 milhões de pessoas.

Cartas de Perigo Geológico

O mapeamento de perigo a movimentos gravitacionais de massa estabelece critérios topográficos para identificação de áreas propensas a Movimentos Gravitacionais de Massas (MGMs), como deslizamentos planares, deslizamentos rotacionais, quedas de blocos e fluxo de detritos. Por meio dos estudos, o SGB pode definir o alcance potencial do material e contribuir para medidas preventivas. Já foram atendidos 10 municípios em Minas Gerais, Pará, Rio Grande do Sul e Santa Catarina.

Cartas Geotécnicas de Aptidão à Urbanização

São documentos estratégicos para o crescimento urbano planejado, pois traduzem a capacidade dos terrenos para suportar os diferentes usos e práticas da engenharia e do urbanismo, com o mínimo de impacto possível e com o maior nível de segurança para a população. O SGB já entregou Cartas Geotécnicas a 16 municípios brasileiros.

Avaliação Técnicas Pós-desastres

Esse estudo tem o objetivo de gerar subsídios técnicos aos municípios, a partir do registro e da caracterização das áreas habitadas, que sofreram perdas ou danos decorrentes de eventos geológicos. Mais de 60 municípios já foram contemplados.

Diagnóstico da População em Áreas de Risco Geológico

Por meio desse produto, o SGB apresenta um panorama socioeconômico das pessoas residentes nas áreas de risco geológico mapeadas. Foram atendidos 46 municípios.

Avaliação Geotécnica em Atrativos Turísticos

Desde o desabamento das rochas nos Cânions de Capitólio (MG), em janeiro de 2022, o SGB vem realizando estudos em atrativos turísticos para avaliar as áreas de risco. Foram feitas análises nos seguintes locais:

• Cânion do Rio Poti, no Piauí;
• Cânions do Subaé, na Bahia;
• Cânions do Xingó, na divisa entre Bahia, Sergipe e Alagoas;
• Em atrativos geoturísticos no município de Presidente Figueiredo, no Amazonas;
• Fernando de Noronha, em Pernambuco;
• Morro do Careca, no Rio Grande do Norte;
• Serra da Canastra, em Minas Gerais;
• Serra da Capivara, no Piauí;
• Serra do Tepequém, em Roraima.

Por: Serviço Geológico do Brasil (SGB)