Judô do Brasil tem 100% de aproveitamento, com todos os seis judocas no pódio no primeiro dia da modalidade
Com quatro ouros e dois bronzes, judocas beneficiados pela Bolsa Atleta começam reação brasileira no quadro geral de medalhas da competição
"Já estamos funcionando". A máquina de medalhas do judô brasileiro entrou em operação no Centro de Treinamento de Esportes de Contato de Santiago, na tarde deste sábado (28) nos Jogos Pan-Americanos 2023.
"Nosso judô veio forte. Viemos pra conquistar medalhas em todas as categorias e estamos muito unidos em torno disso", afirmou Larissa Pimenta (52kg), logo após a conquista do bicampeonato. Ela foi ouro em Lima 2019 e explicou a vibração após uma luta extremamente equilibrada decidida na terceira penalidade sobre a mexicana Paulina Martinez.
"É minha segunda medalha de ouro nos Jogos Pan-Americanos. É o título que eu vim buscar, então quando eu conquistei ali, a ficha caiu e a emoção dominou", explicou a judoca do Rio de Janeiro que recebe a Bolsa Atleta. "Estou na categoria Pódio do programa há dois anos, procuro investir em viagens para treinar e participar de competições por adesão e em equipamentos".
Com quatro medalhas de ouro e duas de bronze só no primeiro dia, o Brasil lidera as medalhas do judô com ampla vantagem sobre a Venezuela, segunda colocada com apenas um ouro.
Quarto no quadro geral de medalhas no Pan, o Brasil começa a ser empurrado pelos seus judocas para colocar pressão sobre o Canadá, terceiro lugar, que não conseguiu medalhas de ouro no dia de hoje, caindo de doze para oito a diferença entre os dois países. Os brasileiros também venceram duas finais contra mexicanos, segundo lugar no quadro geral.
Escrever uma nova história
Depois de uma prata e um bronze, e do ouro de Lima 2019 ter sido retirado fora do tatame, Rafaela Silva escreveu uma nova história de participação nos Jogos Pan-Americanos ao enfileirar três vitórias por ippon sobre Kristine Gimenez, do Panamá, com apenas 1'30" de luta; sobre Maria Villalba, da Colômbia, em 1'02", e na final sobre a argentina Brisa Gomez, com 1'28".
"Eu treino muito, eu estudo bastante as minhas adversárias então eu tenho sempre uma estratégia montada e graças a Deus vem dando certo e eu estou conseguindo colocar meu judô em prática dentro do tatame", explicou Rafaela, que recebe o Bolsa Atleta Pódio. "Eu só tenho a agradecer porque faço parte de um grupo de atletas que recebem o Bolsa Atleta e têm segurança para treinar e se dedicar ao máximo".
No final, a história conta que Rafaela Silva é a primeira brasileira campeã olímpica, mundial e, enfim, pan-americana.
A saga do ouro de Aléxia
Do Mato Grosso do Sul, a judoca Aléxia Nascimento, que recebe Bolsa Atleta Internacional, foi a que mais precisou lutar para chegar ao ouro. Foram três lutas tensas até a decisão contra a mexicana, Edna Carrillo, onde o melhor do seu judô fluiu. "Eu não imaginava que fosse ser tão rápido e confesso que realmente me superei", avaliou Alexia, após vencer por ippon, em 1'24" de luta.
E foi graças a Michel Augusto que a conta de triunfos do Brasil chegou a quatro. Beneficiário do Bolsa Atleta categoria Internacional, Michel revelou que o mais importante para superar o colombiano Johan Cano na final foi nunca pensar em desistir. "Eu comecei perdendo, mas aí comecei a chegar diferente na pegada. Ele foi cansando e eu durando mais na luta, até que consegui virar e sair campeão", definiu Michel.
O aproveitamento de 100% do judô, com seis atletas e seis medalhas, foi completado com o bronze de Amanda Lima (48kg), que recebe Bolsa Atleta Internacional, e Willian Lima (66kg), beneficiário do Bolsa Atleta Pódio.
Por: Ministério do Esporte
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