Silvio Almeida aborda desafios das novas tecnologias e da garantia dos Direitos Humanos em SP

O ministro dos Direitos Humanos e da Cidadania, Silvio Almeida, participou nesta quinta-feira (26/10), como palestrante, da 20ª edição da Fenalaw, principal Feira Congresso voltada a juristas da América Latina. No evento ocorrido em São Paulo, Almeida destacou a importância de entender a relação do acesso à tecnologia com a garantia de direitos humanos e a importância da política nesse processo.

“É a política que nos permite, por exemplo, criar uma série de recursos que vão permitir o avanço tecnológico. É preciso entender os Direitos Humanos em uma perspectiva mais ampla, que é a que estou propondo. Direitos humanos em uma dimensão, uma chave, ao mesmo tempo explicativa e transformadora”, disse.

O ministro contextualizou o discurso com o pensamento do filósofo francês Michel Foucault, no sentido de entender e utilizar os direitos humanos para a transformação do mundo. “Nós temos que fazer o exercício de olhar os direitos humanos a partir das extremidades cada vez menos jurídicas do seu exercício. O que significa que se nós quisermos entender e utilizar os direitos humanos como uma forma, não só de compreensão, mas de transformação do nosso mundo, em vários aspectos, nós precisamos pensar com a cabeça cada vez menos de juristas, ainda que seja importante pensar como juristas, mas precisamos ir para além do direito”, defendeu.

Silvio Almeida analisou ainda os desafios no campo dos Direitos Humanos e das novas tecnologias. “As novas tecnologias têm impactos pois elas vão produzir contradições, elas vão nos fazer repensar essa dimensão da relação de homens e mulheres com o mundo e como ela circunda. Há impacto na produção, na circulação de riquezas, na advocacia, na regulação econômica, no direito econômico. Então nós temos que estar preparados para isso, preparados para tudo”, ressaltou.

A 20ª edição da Fenalaw tem duração de três dias, ocorre até esta sexta-feira (27) e conta com a participação de profissionais, gestores e especialistas do setor público e privado.

Por: Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania (MDHC)
Edição: Yara Aquino