Esporte

Mulheres brilham e boxe brasileiro faz história com recorde de ouros e medalhas

A modalidade conquistou 12 pódios, com 4 ouros no feminino e mais 5 pratas e 3 bronzes. Entre os medalhistas, 11 são contemplados pelo Programa Bolsa Atleta do Governo Federal

27/10/2023 22:41
Mulheres brilham e boxe brasileiro faz história com recorde de ouros e medalhas
Foto: Divulgação/MEsp

 

Inédito e histórico: essas palavras definem o boxe brasileiro em Santiago 2023. Os brasileiros garantiram recorde de medalhas conquistadas em uma única edição de Jogos Pan-Americanos, com 12 pódios. Nesta sexta (27), no Centro de Treinamento Olímpico, no bairro de Ñuñoa, o Brasil conquistou 4 ouros e 5 pratas. Outros 3 bronzes já haviam sido confirmados.

No quadro de medalhas da modalidade, o país termina a competição em primeiro lugar. A última melhor performance do Brasil em Pan-Americanos tinha sido a marca de nove medalhas, em São Paulo, 1963. A segunda meta do país na competição também foi alcançada: bater o recorde de ouros, que era de três. Nesta edição de Santiago, as pugilistas brilharam e levaram quatro ouros, superando a marca.

Bia Ferreira, prata nas Olimpíadas de Tóquio-2020, foi ouro no Pan, sendo bicampeã na categoria até 60kg. Ela deu uma aula de boxe olímpico, acertando golpes que levantaram a torcida brasileira. No segundo round, o árbitro chegou a abrir contagem para a colombiana. No final da luta, veio a confirmação do primeiro ouro para o boxe brasileiro no Pan de Santiago.

Os outros ouros vieram também no feminino, com Caroline de Almeida na categoria 50kg, Jucielen Romeu na de 57kg, as duas pela unanimidade de três rounds, e Barbara dos Santos, na de 66kg, com luta disputada, mas a vitória garantida ao final.

Tatiana Chagas, prata na categoria 54kg, opinou que o feito do boxe trouxe visibilidade à modalidade. "Estamos comemorando muito. É um feito histórico que aconteceu, e é bom acontecer essas coisas pro boxe ser mais visto. A nossa base de treinamento foi muito forte, a gente se desempenhou, se dedicou, se apoiou. Acho que o trabalho e a torcida valeram todo o esforço".

Duas pratas vieram por W.O. de brasileiros. Michael Douglas Trindade, na categoria até 51kg, e Abner Teixeira, na categoria acima de 92kg, desistiram de lutar por causa de lesões. Ao avançarem para a final, os dois já tinham alcançado os objetivos de conseguirem a vaga olímpica para Paris 2024.

As outras pratas foram de Keno Machado, na categoria 92kg, e Wanderley Pereira, na de 80kg, que perderam para boxeadores cubanos .

Bolsa Atleta
No boxe do Pan, dos 12 atletas que subiram no pódio, 11 fazem parte do Programa Bolsa Atleta do Governo Federal. Bia Ferreira, bolsista na categoria Pódio, ressaltou a relevância do incentivo. "Toda importância do mundo. Desde quando você começa, até para se manter, a gente precisa para comprar suplementação, comprar equipamentos. E o Bolsa Atleta faz toda a diferença. Eu recebo, faz toda a diferença para mim. O atleta que só precisa focar no seu alto rendimento, trazendo mais frutos, sem ter que fazer outra coisa, sem ter que trabalhar para poder se manter no esporte, então faz toda a diferença e tem todo o meu apoio. E que continue assim para poder fortalecer mais atletas futuros", ressaltou.

Matheus Alves, treinador chefe da equipe, destacou o programa do Governo Federal como um dos fatores para o desempenho feminino brasileiro no Pan. "Estou muito satisfeito, a equipe feminina é monstruosa. Estados Unidos sempre foi a potência, mas hoje a Colômbia e o Brasil que são as potências do continente, são os boxes femininos mais fortes. O Brasil evolui devido ao investimento que veio transformar, o salário, a Bolsa Pódio, estrutura financeira, é um processo, não tem fórmula mágica", disse.

Também recebem o benefício: Tatiana Chagas, Keno Machado, Caroline de Almeida, Michael Douglas Trindade, Jucielen Romeu, Bárbara Maria dos Santos, Abner Teixeira, Viviane Pereira, Yuri Falcão e Luiz Oliveira.

Por: Ministério do Esporte (MEsp)

 

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