Senasp recebe comitiva de policiais jamaicanos para discutir acordo trilateral entre Brasil, Japão e Jamaica

A Secretaria Nacional de Segurança Pública recebeu, na quinta-feira (5), uma comitiva de policiais jamaicanos e um representante da Agência de Cooperação Internacional Japonesa (Jica), com atuação na Jamaica. O objetivo da visita à Senasp foi conhecer a experiência e as boas práticas desenvolvidas pelas polícias brasileiras no âmbito da polícia comunitária, sobretudo, pela policias estaduais e pelas guardas municipais. Um acordo de cooperação técnica em polícia comunitária entre o Brasil e os outros dois países está em discussão.

A visita técnica foi intermediada pela Agência Brasileira de Cooperação (ABC), do Ministério das Relações Exteriores, e ocorreu de 3 a 6 de outubro, com reuniões na Polícia Militar do Estado de São Paulo e na Senasp.

Diálogos

O encontro na Senasp ocorreu na perspectiva de construção do projeto trilateral nos moldes da iniciativa já desenvolvida entre o Brasil e o Japão com a Guatemala. Além das diretrizes nacionais de polícia comunitária, das boas práticas desenvolvidas pelas instituições de segurança pública estaduais e municipais, a Diretoria de Ensino e Pesquisa (DPE / Senasp) apresentou aos policiais jamaicanos o portifólio de cursos desenvolvidos pela Secretaria e que possam fazer parte de futuro acordo de cooperação técnica.

O grupo foi recebido pelo secretário nacional de Segurança Pública substituto, Felipe Oscar Sampaio Gomes de Almeida. Coube à Senasp enfatizar questões sobre a Política e o Plano Nacional de Segurança Pública, a estrutura e funcionamento da segurança pública brasileira, bem como questões orçamentárias e financeiras da pasta.

Almeida falou sobre o Programa Nacional de Segurança Pública com Cidadania (Pronasci), cujo foco é o combate ao crime e à violência, especialmente, em áreas de alta criminalidade e vulnerabilidade social, com ações de prevenção.

A Coordenação de Políticas de Prevenção à Violência e à Criminalidade trouxe um panorama sobre polícia comunitária no Brasil, com ênfase na fundamentação técnica de apresentar a polícia comunitária aplicada como uma ferramenta de qualificação das ações de segurança pública, a partir de experiências exitosas em diversos estados e municípios brasileiros, com destaque para a prevenção focada em mulheres e meninas, crianças, adolescentes, idosos, escolas e comunidades vulneráveis.

Também foram apresentadas as informações da Coordenação-Geral de Modernização Tecnológica, que falou sobre armas e instrumentos de menor potencial ofensivo, cuja utilização na segurança pública têm estreita relação com a filosofia de polícia comunitária, em especial, na abordagem de proximidade e promoção da dignidade das pessoas em contato com as forças de segurança pública.

Em sua fala, o secretário nacional de Segurança Pública substituto reforçou a disposição brasileira de “poder cooperar com países amigos que buscam realizar a segurança pública do seu povo, com base em princípios democráticos, próprios da polícia comunitária”.

A comitiva destacou a importância da troca de experiências entre os países, e reforçou a importância de ser celebrado acordo de cooperação com o Brasil, a fim de que as ações de prevenção sejam realizadas com base em evidências e aplicações já validadas, sobretudo, aquelas que conseguem efetivar proteção humanizada à sociedade.

Por: Ministério da Justiça e Segurança Pública