Recursos para projetos da Lei de Incentivo ao Esporte crescem 91,5% em 2023
De janeiro a setembro, foram captados R$ 253,7 milhões contra R$ 132,35 milhões em 2022
O Brasília Vôlei treina para a principal competição nacional da modalidade que tem início no mês de novembro. E os recursos captados via Lei de Incentivo ao Esporte (LIE) fazem toda a diferença na preparação da equipe. O projeto é um dos 4.597 apresentados até a última terça-feira (17/10) ao Ministério do Esporte (MEsp). O número significa um aumento de 51% em relação a todo o ano passado. Em 2023, são 2.232 projetos na vertente educacional, 1.075 de rendimento, 1.018 de participação e outros 272 de formação.
"Essa lei permite que empresas destinem uma parte de seus recursos para o esporte, contribuindo para o crescimento do vôlei no Brasil. A equipe consegue pagar a comissão técnica, uniformes e oferecer bolsas de auxílio a alguns atletas, além de garantir o material esportivo necessário", afirmou Flávio Thiessen, gestor do Brasília Vôlei.
De janeiro a setembro, o salto na captação de recursos foi ainda maior: 91,5% em comparação ao mesmo período de 2022. São R$ 253,7 milhões contra R$ 132,35 milhões para 1.476 projetos em execução atualmente, ante 1.282 no ano passado. As propostas ainda podem ser enviadas ao Ministério do Esporte até o dia 29 de outubro e receber recursos até o dia 31 de dezembro.
“Isso tudo é resultado de planejamento, de organização e de transparência. A LIE foi ganhando força e credibilidade ao longo do tempo. E a questão do aumento de 1% para 2% para Pessoa Jurídica e de 6% para 7% para Pessoa Física é um atrativo para que as empresas aportem mais recursos e as pessoas façam doações”, apontou Michelle Vinecky, diretora da Lei de Incentivo ao Esporte do MEsp.
Nos nove primeiros meses desse ano, a LIE também teve um aumento no número de beneficiados diretamente pelos projetos. Atualmente são 990.453 pessoas, 90,1 mil a mais (cerca de 10%) que em todo o ano passado. “E temos um crescente que não é só de valores captados, projetos apresentados, mas de novas entidades apresentando esses projetos”, completou Michelle Vinecky.
O Brasília Vôlei captou R$ 697.052 desde o ano passado para quatro projetos: times feminino e masculino, da categoria de base e de formação. O treinador da equipe feminina, Angelo Versace, destacou a importância dos recursos para incentivar a prática da modalidade. "É um apoio muito grande para fomentar o esporte dentro de Brasília. O vôlei é fundamental para inspirar o interesse das crianças e adolescentes pelo esporte, porque hoje estamos lidando com a era tecnológica", analisou.
A capitã Ju Carrijo detalhou a preparação da equipe: "Estamos em uma sequência com um treinamento bem longo. Acredito que correspondemos bem nos jogos da Copa, jogando contra times como Fluminense e Praia, que estão brigando no topo da tabela”, disse. “Conseguimos jogar de igual para igual, mesmo sabendo que todos estão no começo e ainda se conhecendo. É importante ganhar confiança, dar continuidade e buscar crescer cada vez mais. Todos os times querem isso, querem chegar lá em cima e lutar por isso", completou a levantadora.
A LIE
A Lei de Incentivo ao Esporte (Lei nº 11.438/06) permite que recursos provenientes de renúncia fiscal sejam aplicados em projetos das diversas manifestações desportivas e paradesportivas, distribuídos por todo o território nacional. Por meio de doações e patrocínios, os projetos executados via LIE atendem crianças, adolescentes, jovens, adultos, pessoas com deficiência e idosos.
Desde janeiro deste ano, passou a valer uma alteração na lei que aumentou os percentuais de isenção fiscal para empresas e cidadãos que desejam incentivar os projetos esportivos. Para as Pessoas Jurídicas, o abatimento passou de até 1% para até 2%, enquanto que para as Pessoas Físicas passou de até 6% para até 7%.
Além disso, atletas de projetos viabilizados pela Lei de Incentivo podem receber a Bolsa Auxílio. O valor do benefício é de R$ 12 mil e pode ser acumulado com a Bolsa Atleta.
Por: Ministério do Esporte (MEsp)
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