Meio ambiente

Seca na Amazônia: plataforma permite acompanhar em tempo real volume de água

SGB disponibiliza dados de vazões, essenciais, principalmente neste momento crítico, para avaliação da disponibilidade hídrica e formulação de projetos de estrutura para uso da água

27/10/2023 00:00
Seca na Amazônia: plataforma permite acompanhar em tempo real volume de água
Foto: Divulgação/SGB

A nova plataforma, lançada pelo Serviço Geológico do Brasil (SGB), para o monitoramento da estiagem na região amazônica permitirá o acesso em tempo real a dados de cotas e vazões mínimas que representa o volume de água nos rios. Para ter acesso, clique aqui .

De forma inovadora, são disponibilizadas informações sobre medições realizadas em todas as estações da Rede Hidrometeorológica Nacional (RHN), gerenciadas pela Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA) e operadas pelo SGB. São quase 70 pontos de monitoramento em Mato Grosso, Acre, Amazonas, Pará, Rondônia e Roraima.

Esses dados de vazões mínimas são extremamente importantes neste momento crítico para subsidiar o direcionamento de ações prioritárias por parte de todas as entidades envolvidas na mitigação dos efeitos da seca”, explica a chefe da Divisão de Hidrologia Básica do SGB, a engenheira hidróloga Ana Carolina Costi.

Por meio da plataforma, é possível obter dados de medições de vazões mínimas e visualizar sua magnitude em relação à série histórica de vazões medidas. A busca pode ser realizada tanto pela unidade regional do SGB que realizou a medição quanto por estado e município. Além disso, na tela inicial está apresentado o número de vazões mínimas históricas registradas desde o início do monitoramento especial para a região amazônica.

Esses registros históricos são de grande importância para o enfrentamento deste evento crítico, pois são essas vazões medidas em campo que possibilitam um melhor ajuste dos dados diários, de forma a fornecer informações de maior qualidade para qualquer situação hidrológica, seja ela crítica ou não e, assim, otimizar a gestão dos recursos hídricos em geral, destaca a pesquisadora do SGB.

Até o momento, há informações sobre as cotas em estações de Curicuriari (AM), Fonte Boa (AM), Itacoatiara (AM), Itaituba (PA), Manacapuru (AM), Manaus (MA), Moura (AM), Óbidos (PA), Porto Velho (RO), Santarém (PA) e Serrinha (AM). O objetivo é expandir o serviço para abranger outras estações de interesse do setor de navegação.

O monitoramento das vazões mínimas resultará em informações de maior confiabilidade e contribuirá para: avaliar a disponibilidade hídrica e subsidiar o gerenciamento da seca na Bacia Amazônica; direcionar, de forma otimizada, as ações para mitigação dos impactos da seca pelas entidades envolvidas; operar sistemas de alerta de eventos críticos.

Entre os públicos beneficiados, estão: gestores públicos, gestores de recursos hídricos, setor de abastecimento de água; setor agrícola; setor de transporte; indústria e geração de energia hidrelétrica; comunidades locais; comunidade técnico-científica e organizações ambientais.

Ações para monitoramento da seca na região amazônica

A criação da plataforma faz parte da estratégia do SGB para monitoramento das secas na Amazônia e se soma a uma série de outras ações adotadas para gerar informações essenciais, que poderão subsidiar a tomada de decisão diante do cenário.
 
Por: Serviço Geológico do Brasil (SGB)


Link: http://www.cprm.gov.br/publique/Noticias/Seca-na-regiao-amazonica%3A-nova-plataforma-permite-acompanhamento-em-tempo-real-do-volume-de-agua-nos-rios-8369.html
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