12º Congresso Brasileiro de Agroecologia é aberto com participação de Incra e MDA
A edição de 2023 marca os 20 anos de existência do CBA. Iniciado em 2003, em Porto Alegre (RS), o Congresso debate e busca de respostas coletivas para desafios sociais, políticos e ambientais enfrentados pelo Brasil
Foi aberta na noite de 20 de novembro de 2023, feriado da Consciência Negra, no centro cultural Fundição Progresso, no Rio de Janeiro, o 12º Congresso Brasileiro de Agroecologia (CBA), reafirmando o compromisso com a agricultura sustentável e a justiça ambiental. O ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira, o ministro da Secretaria-Geral de Governo, Márcio Macedo e o presidente do Incra, César Aldrighi participaram da abertura do evento, que tem como tema “Agroecologia na boca do povo”.
A edição de 2023 marca os 20 anos de existência do CBA. Iniciado em 2003, em Porto Alegre (RS), o Congresso debate e busca de respostas coletivas para desafios sociais, políticos e ambientais enfrentados pelo Brasil. A expectativa é de que até quinta-feira (23) passem pelo evento cinco mil pessoas - entre pesquisadores, estudantes, técnicos e extensionistas, agricultores familiares da reforma agrária, povos e comunidades tradicionais e ativistas dos movimentos sociais.
Presente na abertura o presidente do Incra, frisou os desafios de ampliar a produção agroecológica nos assentamentos da reforma agrária. “O Incra tem papel central na construção de políticas públicas voltadas a governança da terra e fundamentalmente à produção de alimentos agroecológicos e ambientalmente sustentáveis para a mesa do povo brasileiro”, disse Aldrighi.
O ministro Paulo Teixeira falou sobre as iniciativas do Governo Federal para estimular a agroecologia. “Lançamos o Pronaf e o programa tem juros negativos para quem produz agroecológicos”, disse Teixeira. O ministro também falou do programa de floresta produtivas, que além de preservar as matas gera renda para os agricultores por meio da produção agroecológica. “Estamos vivendo um momento de transição de uma agricultura de base química para uma agricultura de base agroecológica. Por isso, os saberes são fundamentais neste processo”, disse.
Incra
Além da produção de base agroecológica em assentamentos da reforma agrária, o Incra possui experiências que levam em conta a produção ambientalmente sustentável. O Projeto de Assentamento Agroextrativista (PAE) possui como beneficiários integrantes de comunidades extrativistas.
Já o Projeto de Desenvolvimento Sustentável é voltado ao desenvolvimento de atividades ambientalmente diferenciadas e dirigido para populações tradicionais (ribeirinhos, comunidades extrativistas, etc.). As duas experiências visam a preservação ambiental e produção.
A presidente da Associação Brasileira de Agroecologia (ABA), promotora do evento, Fernanda Savicki, afirma que a agroecologia envolve uma transformação social ampla com enfrentamento à fome, acesso à terra e territórios, direitos humanos e combate ao racismo e machismo, justiça ambiental, saúde, ciência, cultura e demais temas. “Esse conjunto de elementos colabora para superação das crises sanitárias, climáticas e políticas atuais, que são profunda e essencialmente ecológicas, e trilham a construção de sistemas agroalimentares agroecológicos e na transformação social”, disse.
Por: Incra
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