Dia Mundial da Pesca reconhece a importância da atividade em todo o mundo
Data é celebrada neste 21 de novembro e ressalta a relevância da pesca na alimentação e na subsistência de comunidades
O Dia Mundial da Pesca, celebrado em 21 de novembro, é uma ocasião especial para reconhecer a importância da pesca e da aquicultura em nossa sociedade. Em 2023, as Nações Unidas, por meio da Food and Agriculture Organization for The United Nations. (FAO), continuam a destacar o Ano Internacional da Pesca e da Aquicultura Artesanais, ressaltando a relevância da pesca na alimentação e na subsistência de comunidades em todo o mundo.
A pesca artesanal é uma atividade essencial que fornece até 85% do pescado consumido em algumas nações da América Latina, sendo fundamental no abastecimento nutricional, especialmente, em populações costeiras e ribeirinhas, incluindo muitas comunidades indígenas.
Nesse contexto, o Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (DNOCS) desempenha um papel fundamental na promoção e na gestão da pesca artesanal no Brasil. A atuação da Autarquia Federal é fundamental para garantir ao sertanejo ações de enfrentamento aos desafios relacionados ao uso sustentável dos recursos aquáticos, à preservação das tradições locais e à segurança alimentar de comunidades pesqueiras. Por meio das realizações de peixamentos em açudes públicos, por exemplo, o DNOCS contribui para o desenvolvimento econômico, social e cultural das famílias que dependem da pesca artesanal.
O Chefe da Divisão de Pesca e Aquicultura da Autarquia, Dalgoberto Coelho, destaca que “A pesca artesanal, é vital em nossa cultura e na subsistência de muitas famílias ribeirinhas. Além disso, a aquicultura que é diferente da pesca artesanal está se tornando uma fonte cada vez mais importante de produção de alimentos e geração de renda”. Vale ressaltar que a pesca artesanal é uma atividade extrativa, já a aquicultura tem o foco na produção em condições controladas. Portanto, a Autarquia tem se destacado no fornecimento de apoio aos pescadores, na conservação dos recursos aquáticos e no desenvolvimento de projetos inovadores que impulsionam a aquicultura em nossa região.
Ainda de acordo com a FAO, pelo menos 16% dos empregos associados à pesca extrativa são ocupados por mulheres, destacando a inclusão de gênero neste setor. Prova disso é a pescadora Juliana Aires, da colônia de pescadores Z-62 de Alto Santo, município cearense. “A pesca é minha vida! Vivo da pesca artesanal há 10 anos e é daqui que tiro o meu sustento e da minha família. Minha rotina é bem corrida. Acordo às quatro horas da madrugada e logo sigo para o açude Padre Cícero, mais conhecido como Castanhão, para ir pescar. Depois é hora de fazer a venda dos peixes e garantir a renda de casa.”, afirma com entusiasmo Juliana Aires.
Assim como Juliana, milhares de pessoas no mundo inteiro vivem da pesca artesanal. Segundo a Assembleia Geral das Nações Unidas, a pesca e a aquicultura geram mais de 2,8 milhões de empregos diretos e três vezes mais empregos indiretos na América Latina e no Caribe, sendo que quase 90% estão vinculados à pesca artesanal. O setor, no Brasil, é caracterizado por uma diversidade de métodos, espécies-alvo e formas de organização social, refletindo a complexidade desse setor produtivo.
De fato, a pesca é um modo de vida para inúmeras comunidades que vivem no sertão nordestino. Desta forma, a gestão adequada, envolvendo ferramentas e iniciativas voltadas ao desenvolvimento do setor são essenciais para garantir a sustentabilidade a longo prazo. Portanto, o DNOCS desempenha um papel vital nesse processo, promovendo a preservação dos recursos hídricos, fomentando ações de valorização às tradições locais, garantindo a segurança alimentar e a manutenção de emprego e renda, além da contribuição para o bem-estar das populações envolvidas na pesca artesanal no Brasil.
Edição: Yara Aquino
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