Brasil sem Misoginia: Casas das Mulher Brasileira participam de ação simultânea promovida pelo MMulheres
Na véspera do Dia Internacional para a Eliminação da Violência contra as Mulheres, as Casas promoveram ações para o enfrentamento à misoginia
O Ministério das Mulheres, através da iniciativa Brasil sem Misoginia, tem promovido ações em todo o país para a conscientização da importância do enfrentamento à misoginia. No dia 24, véspera do Dia Internacional para a Eliminação da Violência contra as Mulheres, Casas da Mulher Brasileira (CMB) das cinco regiões do país realizaram atividades, palestras e rodas de conversa para mobilizar a população sobre os impactos sociais da prática da misoginia não apenas para as mulheres.
Em Campo Grande/MS, a subsecretaria de Políticas para a Mulher (Semu) promoveu, na Casa da Mulher Brasileira, uma palestra com a juíza Dra. Jacqueline Machado com o tema “Misoginia: conceito e relações entre machismo e sexismo”. “A misoginia é o ódio ou aversão às mulheres, que se manifestam através do machismo e do sexismo, resultando em todas as formas de violência e discriminação contra as mulheres. Portanto, para nós enfrentarmos o fenômeno da violência, nós temos que discutir e aprofundar nas suas causas, e entre as causas de violência está a misoginia”, apontou Carla Stephanini, subsecretária da Semu.
Já a Casa da Mulher Brasileira de Curitiba sediou o evento "Curitiba sem misoginia e capacitismo", com o objetivo de conscientizar funcionários e atendentes da CMB sobre a complexidade das violências dirigidas às mulheres. “A Casa da Mulher Brasileira é multissetorial e é fundamental que todos possam atender de forma alinhada, usando termos corretos, sem capacitismo. Aqui é também um espaço de acolhimento, por isso é muito importante estarmos atualizados e sempre avançando”, declarou Sandra Praddo, coordenadora-geral da CMB.
Na capital maranhense, em São Luís, a iniciativa somou esforços com Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) para promover um encontro informativo sobre a lei que institui pensão especial a filhos e dependentes de vítimas do feminicídio, com o tema: “A misoginia mata todos os dias: órfãos do feminicídio”.
Em Boa Vista/RR, a programação teve início pela manhã com a oficina de cartazes, tendo a participação de alunos e mulheres. Também foram realizados diálogos e rodas de conversas com temas voltados aos 21 dias de ativismo, feminicídio, misoginia, Lei Maria da Penha, violência contra mulheres e meninas. No final do dia, foi realizada uma blitz educativa alusiva à campanha em frente à Assembleia Legislativa de Roraima.
Em Fortaleza/CE, a reflexão foi a respeito dos 21 Dias de Ativismo - Por um Brasil sem Misoginia. A CMB de São Paulo/SP também participou da programação, promovendo uma roda de conversa sobre “Os desafios do enfrentamento à misoginia”.
21 Dias de AtivismoA programação marca as ações dos “16 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra as Mulheres”, mobilização realizada todos os anos entre 25 de novembro, Dia Internacional para a Eliminação da Violência contra as Mulheres, e 10 de dezembro, Dia Internacional dos Direitos Humanos. Celebrada desde 1991, a data é uma homenagem às irmãs Pátria, Minerva e Maria Teresa, mulheres dominicanas assassinadas no dia 25 de novembro de 1960 pelo regime ditatorial de Rafael Trujillo.
No Brasil, a campanha dura 21 dias e tem início no Dia da Consciência Negra, 20 de novembro, denunciando as múltiplas violências enfrentadas pelas mulheres, levando em conta as suas especificidades territoriais, de raça, classe social, idade e orientação sexual. Além de informativas, as ações convidam mais mulheres a participarem dos espaços de formulação de políticas públicas para defenderem seus direitos.
Por: Ministério das Mulheres
A reprodução é gratuita desde que citada a fonte