Brasil tem dia com tri no atletismo, ouro para o atleta mais velho e medalha de número 1.500 em Parapans
País ultrapassou o total de 202 medalhas e segue soberano na liderança do quadro geral da competição. Mais de 97% dos pódios tiveram participação de bolsistas do Programa Bolsa Atleta
O campeão mundial e paralímpico Alessandro Rodrigo continua a fazer história. Nesta quarta-feira (22.11), o brasileiro conquistou o tricampeonato no lançamento de disco da classe F11 (deficientes visuais) nos Jogos Parapan-Americanos, em Santiago, no Chile. O multimedalhista liderou mais um dia de domínio dos brasileiros no atletismo.
Além do atletismo, a bocha, a natação e o tiro com arco tiveram medalhas brasileiras no quinto dia de competições em Santiago. No tiro com arco, Eugênio Franco conquistou o ouro no tiro com arco composto da classe WH1. Aos 63 anos, Eugênio é o atleta mais velho da delegação brasileira em Santiago.
Com isso, o Brasil passou de 200 medalhas conquistadas no Chile e segue soberano na liderança do quadro geral da competição. São 93 ouros, 55 pratas e 54 bronzes, um total de 202. Dessas, 197 têm a digital do Programa Bolsa Atleta do Governo Federal, 97,52% do total.
Nesta quarta, o Brasil ultrapassou a marca de 1.500 medalhas conquistadas em Jogos Parapan-Americanos. O pódio 1.500 do país no evento continental foi alcançado pela nadadora paraense Lucilene Sousa, bronze nos 50m livre da classe S12.
Tricampeão
O paulista Alessandro Rodrigo, de 39 anos, conta com o apoio do Programa Bolsa Atleta do Ministério do Esporte. Ele garantiu a medalha de ouro ao lançar, na quinta tentativa, a marca de 44,95 metros, com mais de 10 metros de diferença para o cubano Andrileydis Silot, que assegurou a prata com 33,78 metros. A medalha de bronze foi para o venezuelano Wilmer Jesus, com 32,41 metros.
"Graças aos treinos e aos apoios que recebo, esta medalha de ouro mostra que o treinamento está dando certo, e os apoios também. Não existe nada melhor do que este tricampeonato parapan-americano no lançamento de disco", disse Alessandro.
O pódio desta quarta-feira vai se juntar à coleção de conquistas que ele mantém guardada em casa, como as medalhas nas Paraolimpíadas Rio 2016 e Tóquio 2020, nos Mundiais de Londres 2017, Dubai 2019 e Paris 2023, e nos Parapans de Lima 2019 e Toronto 2015.
Dobradinha no salto em distância
Outro destaque do atletismo brasileiro foi a dobradinha no salto em distância F11/12 (atletas com deficiência visual) conquistada por Lorena Spoladore e Alice Corrêa.
Lorena liderou a prova desde a primeira rodada, com a marca de 4,68 metros. A medalha de ouro foi conquistada ao saltar 4,73 metros, registrados no terceiro salto. "Tenho outras medalhas em Parapans, mas esta é a primeira de ouro que conquistei. A ficha ainda não caiu. Estou me sentindo muito feliz e realizada", disse a atleta, emocionada.
A medalha de prata foi conquistada pela estreante em Jogos Parapan, a carioca Alice Corrêa. Ela saltou 4,42 metros, enquanto o terceiro lugar ficou com a venezuelana Rosibel Colmenarez, que alcançou 4,06 metros.
"Essa medalha significa superação, pois consegui me superar mais uma vez. Estou muito feliz com esse prêmio porque é a minha primeira competição internacional, e eu disputei com grandes atletas", revelou Alice.
Já no arremesso do peso, o Brasil conquistou dois ouros em classes diferentes. Na classe T12, Caio Pereira da Silva assegurou a medalha de ouro ao arremessar 14,50m, estabelecendo um novo recorde da prova nos Jogos Parapan-Americanos. A prata foi para Devin Huhta, dos Estados Unidos (13,68m), enquanto o argentino Antonio Rodas garantiu o bronze (13,23m).
Na classe F55, dois brasileiros subiram ao pódio: Wallace de Oliveira e Sandro Varelo. Wallace de Oliveira arremessou 11,34m para garantir o ouro e estabelecer o recorde da competição. Já Sandro Varelo ficou com o bronze, registrando 10,10m. O venezuelano Jackson Jose Blanco conquistou a segunda posição ao arremessar 10,78m.
Modalidades coletivas
A seleção masculina de goalball venceu a Venezuela por 10 x 0 e agora vai enfrentar a Argentina na semifinal, em jogo marcado para esta quinta-feira (23.11), às 15h. No feminino, o Brasil venceu o Peru por 12 x 5 e agora enfrenta o Canadá pela semifinal, também nesta quinta, às 16h15.
No rúgbi em cadeira de rodas, o Brasil perdeu para o Canadá na semifinal, por 60 x 45, e agora vai enfrentar a Colômbia na disputa pelo bronze. A partida será nesta quinta, às 17h.
No basquete em cadeira de rodas, o Brasil perdeu nas quartas de final para a Argentina, por 62 x 43.
Vagas para Paris
Com a vaga no tiro com arco garantido por Eugênio Franco, o Brasil chegou a sete classificações para as Paralimpíadas de Paris 2024: seis vagas no tênis de mesa e uma no tiro esportivo.
Por: Ministério do Esporte (MEsp)
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