Brasileiros com Bolsa Atleta fazem noite dourada no atletismo de Santiago 2023
Com Lucas Vilar nos 400m e Eduardo de Deus e Rafael Pereira nos 110m com barreiras, o Brasil ganhou três medalhas numa noite em que foram disputadas quatro finais.
O hino brasileiro tocou duas vezes no Estádio Nacional do Chile, na noite desta quarta (01), com três beneficiários do Bolsa Atleta subindo no pódio e consolidando o Brasil na segunda posição no quadro geral de medalhas.
A festa brasileira começou com Eduardo de Deus, que recebe Bolsa Atleta na categoria Pódio, dominando a prova dos 110m com barreiras. "Eu acho que cresci bem do meio até a última barreira. Eu consigo desenvolver muito bem, até por isso eu tenho o apelido de trem-bala (risos)", disse Eduardo, que revelou preocupação e incerteza antes da prova até ver o seu nome no placar em primeiro.
"Acho que se não fosse a Bolsa Atleta, eu não estaria aqui hoje. É uma coisa que me salva muito no dia a dia, me dá um suporte enorme pra continuar no próximo ano", comentou Eduardo, que também comemorou o bronze de Rafael Pereira, outro bolsista na categoria Pódio.
"O atleta é uma vitrine do país para o mundo, então eu creio que com a força do Bolsa Atleta a gente pode chegar longe. Os custos fora do país são muito altos, a gente precisa se dedicar 100% do nosso tempo para treinamento. Então o programa nos permite essa liberdade e tranquilidade", definiu Rafael, que ficou apenas um décimo (14.04) de segundo à frente do chileno Martín Saenz (14.05).
A segunda medalha de ouro para o Brasil veio com Lucas Vilar nos 400m, com uma prova consistente desde o tiro de largada. "Trabalhamos muito pra esse momento, eu estava muito focado, mas o clima não estava muito agradável, com chuva e frio, então era mais um desafio na prova, mas consegui concentrar e trazer a medalha de ouro", contou Lucas. Ele já tinha faturado a prata no revezamento 4 x 400m misto.
"O Bolsa Atleta tem ajudado a mim e a outros atletas, no nosso profissional, a comprar materiais, sapatilha, suplementação, e eu sou muito grato ao programa", comentou Lucas, que usou óculos escuros para melhorar a concentração, vencer adversários e o clima rigoroso da capital chilena.
Bronze confirmado e premiações
O dia também foi de confirmação e premiação da medalha de bronze para Altobeli da Silva (Bolsa Atleta Olímpica) nos 5.000m. Ele chegou em quarto lugar, mas aguardava o resultado da contestação sobre uma punição para o mexicano Daniel Martinez, que chegou em primeiro, mas foi eliminado por obstruir a passagem de Kasey Knevelbard, dos Estados Unidos.
"Quando o Ibirapuera ainda tinha competição, eu fiz os 5.000m pela primeira vez na vida com R$ 50 bolso que tinha conseguido. Eu parei no meio e fiquei chorando na beira da pista, porque eu não aguentei correr. Isso é o que ninguém sabe, né? Por isso que eu digo às vezes que a plateia não assiste ensaio", lembrou Altobeli, sobre seu primeiro contato com a prova.
"O Bolsa Atleta tem um papel fundamental no desenvolvimento do esporte e no auxílio de muitos atletas que utilizam deste recurso para fazer sua manutenção, preparação, viagens para se manter bem posicionado nos rankings e tudo isso acarreta a melhora do esporte brasileiro para trazer medalhas em todo tipo de evento esportivo", analisou.
Também foram realizadas as premiações das outras provas de terça-feira (01), com a prata para Felipe Bardi (Bolsa Atleta Pódio) nos 100m rasos e prata para José "Balotelli" (Bolsa Atleta Nacional) no decatlo.
Ao final do terceiro dia de provas, o atletismo do Brasil faturou onze medalhas, sendo três de ouro, seis de prata e duas de bronze e lidera o ranking da modalidade à frente do Chile, que está na segunda colocação com três de ouro, uma de prata e uma de bronze.
Por: Ministério do Esporte (MEsp)
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