MEC participa de debate sobre ensino da história afro-brasileira e indígena
Audiência da Comissão de Educação discutiu a implementação do ensino da história e cultura afro-brasileira e indígena nas escolas. MEC foi representado pela Secadi
O Ministério da Educação (MEC), por meio da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização de Jovens e Adultos, Diversidade e Inclusão ( Secadi ), participou de audiência pública da Comissão de Educação da Câmara dos Deputados que teve o objetivo de avaliar a implementação do ensino da história e cultura afro-brasileira e indígena nas escolas.
A audiência foi realizada nesta quinta-feira (23/11) e o MEC foi representado por Wilma Coelho, diretora de Políticas de Educação Étnico- Racial e Educação Escolar Quilombola da Secadi. O debate foi solicitado pela deputada Luciene Cavalcante (Psol -SP) , que considera o ensino sobre história e cultura afro-brasileira e indígena importante para formar cidadãos mais conscientes e críticos, capazes de compreender as desigualdades que ainda afetam o País.
Na mesma linha, Wilma Coelho ressaltou a relevância da pauta para a formação e educação brasileira. “É fundamental que a temática seja aprofundada em toda a sociedade civil organizada. Não apenas entre as pessoas que compõem as redes de ensino, mas na universidade, nos movimentos e n o poder público. A Lei 10.639/2003, que completa 20 anos, tem o propósito de corrigir desigualdades originadas pela distribuição desigual de recurso s sociais, com base em critérios como cor, raça, deficiência ou situação socioeconômica”, afirmou .
Segundo Wilma, embora a Lei tenha se tornado uma política de Estado, ela se originou da sociedade civil organizada e tem como objetivo fundamental o combate ao racismo. Para ela, a escola existe como um espaço no qual as crianças e os adolescentes vivenciam a sua cidadania. “Dessa forma, a Lei compreende a escola como um espaço de aprendizado, não somente da vida pública e da apropriação de valores que são éticos, dentre tantos outros valores. Então, na escola, crianças e adolescentes aprendem a combater um vício da nossa cultura que é o racismo” , pontuou.
Participantes – A audiência também contou com a participação de: André Baniwa, coordenador-geral de Promoção à Cidadania e Combate ao Racismo do Ministério dos Povos Indígenas (MPI); Iracema Santos do Nascimento, professora doutora da Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo (USP); Amilcar Araújo Pereira, professor da Faculdade de Educação da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ); Vanessa Rocha, coordenadora do Coletivo Nacional de Educação da Coordenação Nacional de Articulação das Comunidades Negras Rurais Quilombolas ( Conaq ); Veruschka de Sales Azevedo, professora da rede estadual de São Paulo e representante da Rede Pública e Universidade ( Repu ); Rosana Batista Monteiro, professora da Universidade Federal de São Carlos ( UFSCar ); Ana Paula Brandão, membro do Comitê Diretivo da Campanha Nacional pelo Direito à Educação; e Ramon Souza Santos, Cacique Ramon Tupinambá.
Por: Ministério da Educação (MEC)
Edição: Yara Aquino
A reprodução é gratuita desde que citada a fonte