CGU promove Dia da Integridade Empresarial para incentivar boas práticas em ambientes corporativos
Evento ainda conta com premiação de 84 empresas aprovadas no Pró-Ética 2022-2023
A Controladoria-Geral da União realizou, nesta quinta-feira (30/11), o Dia da Integridade Empresarial. O evento, promovido no Teatro das Artes, em São Paulo, visa conscientizar o setor privado sobre a importância de identificar e combater atos de fraude e corrupção. A cerimônia, que ocorre a cada dois anos para premiação das empresas no Pró-Ética, contou com a presença do ministro Vinícius de Carvalho, do secretário de Integridade Privada da CGU, Marcelo Pontes Vianna, além de representantes da Apex Brasil, do Sebrae.
Em seu discurso durante o evento, o ministro reconheceu que a corrupção é um problema complexo e impacta diretamente a confiabilidade da sociedade sobre as instituições, e afirmou que é necessário fortalecer a agenda de integridade na relação do Estado e das empresas para fortalecer a confiança do cidadão. "Um setor íntegro tem um impacto enorme na confiança da sociedade e essa é uma agenda da sociedade, das empresas e do Estado. Estamos juntos nessa."
Vinicius de Carvalho destacou ainda que essa jornada da integridade deve ser feita pelas empresas em conjunto com o Estado.
"É preciso desenvolver um conceito de integridade que seja permeável e procedimental, que parta do pressuposto de que integridade significa legitimidade e se é legítima, tem o direito de fazer o que faz. Que a instituição deve ter um propósito claro e, a partir dele, consiga efetivar os compromissos que assume. E, por último, ter a dimensão da sua eficiência e dos recursos que irá utilizar, isso vale tanto para o setor público quanto para o privado”. SUGESTÃO DE OLHO PARA SITE
Já o secretário de Integridade Privada da CGU, Marcelo Pontes Vianna, destacou que a história demonstra que as empresas com maior longevidade são aquelas que adotaram uma postura de responsabilidade social, prezando por mecanismos efetivos de governança, ao mesmo tempo busca se inserir de forma inteligente no meio em que vive: prezando pelo respeito aos direitos humanos, ao meio ambiente e auxiliando no desenvolvimento social que lhe circunda.
O evento também contou com a presença do presidente do Conselho de Administração do Bradesco, Luiz Carlos Trabuco Cappi, que exaltou a importância do trabalho da CGU nas políticas de conformidade para as empresas que, segundo ele, são boas para a sociedade, para os cidadãos e para o país. "A premiação do selo Pró-ética ajuda a concretizar a ação e valorização de se fazer o certo, de combater a fraude, o suborno e a corrupção nas empresas. E saúdo a CGU por envolver os empresários nessas questões."
PRÓ-ÉTICA
Ainda durante o evento, o ministro Vinícius de Carvalho anunciou que a Controladoria está reestruturando toda a agenda de integridade privada do órgão, que articula todas essas dimensões. Segundo o ministro, a reformulação vai promover a inclusão da temática ESG (Meio Ambiente, Social e Governança) no Pró-Ética para as próximas edições. "A reformulação do Pró-ética será já a partir do próximo biênio. Não é possível que uma empresa seja Pró-ética sem manter uma relação saudável com a sociedade. Não é possível falar em integridade por fatias. Uma empresa não pode ter um programa de compliance anticorrupção robusto e explorar trabalho escravo", disse.
"Uma empresa que tolera ilegalidades, violações de direitos humanos ou crimes ambientais em suas atividades jamais poderá ter um programa de compliance anticorrupção que possa ser considerado robusto", sentenciou o ministro. Segundo ele, na próxima edição serão contemplados direitos humanos, antidiscriminação, proteção ao meio ambiente e ao trabalhador.
PREMIAÇÃO
Já nesta edição do selo, 84 empresas serão premiadas. Um aumento de mais de 26% quando comparado à última edição. Também houve a ampliação do número de participantes e das empresas avaliadas: 367 empresas acessaram o sistema e 299 finalizaram o preenchimento dos formulários de perfil e de conformidade. Dessas, 254 empresas foram admitidas para a fase de avaliação, o que representou um aumento de 30% no número de empresas avaliadas.
Por: Controladoria-Geral da União (CGU)
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