Tecnologia

Empresas públicas podem contribuir para Estratégia Nacional de Governo Digital

Representantes do Governo Federal, de órgãos financiadores, estados e prefeituras compartilharam experiências em ações de transformação digital

08/11/2023 20:37
Empresas públicas podem contribuir para Estratégia Nacional de Governo Digital
Foto: Divulgação

 

O segundo dia da Semana da Inovação foi marcado por um painel que promoveu a discussão sobre a construção de uma Estratégia Nacional de Governo Digital. Representantes do Governo Federal, de órgãos financiadores, estados e prefeituras, trouxeram suas experiências com ações de transformação digital e destacaram a necessidade de se promover iniciativas que reúnam os esforços todos os entes da federação. Representando o Serpro, a gerente do Departamento de Negócio Soluções Inteligentes para Governo Digital, Dulcimara Delfos, respondeu a indagação sobre como as empresas públicas podem contribuir para essa ação conjunta.

“O Serpro vem já, há algum tempo, trabalhando de forma mais próxima aos municípios. Mas eu diria que, nos últimos anos, temos fortalecido mais esse vínculo e conhecendo suas reais necessidades”, destacou a gerente. Para a Dulcimara, algo que ficou muito evidente é que esse papel de promover a transformação passa por processos que reúnem colaboração e aprendizado. “Estamos aprendendo as diferenças desse tipo de atendimento com o que realizamos junto ao governo federal. Temos discutido também parcerias com as Prods, além de empresas privadas, para que ninguém precise reinventar a roda”.

Aprendizado 

Segundo a gerente, o Serpro tem aproveitado a experiência aprendida com grandes sistemas, como o Gov,br, mas de forma atenta às necessidades de padronização de soluções e definição de arquiteturas que possam auxiliar os municípios. “Por isso criamos uma plataforma específica para os municípios: o Cidades.gov.br . A ideia é permitir a oferta de serviços básicos, como tapa buraco, iluminação pública e agendamentos e, ainda, atender às outras necessidades específicas de cada município”. Para manter a empresa pública atualizada, houve um aumento da participação de seus empregados em eventos com soluções desenvolvidas pelos próprios municípios. “A discussão sobre a transformação, hoje, tem vindo do próprio cidadão. Queremos aprender com essas experiências e incluirmos novas ideias na nossa plataforma”, relatou.

Já a diretora do Departamento de Difusão e Avaliação de Serviços Públicos Digitais do do Ministério da Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI), Loyanne Tavares, trouxe um histórico sobre a construção da Estratégia do Governo Digital). “É um esforço conjunto para concretizar um dispositivo da Lei de Governo digital ( Lei 14.129/2021 ), que prevê uma atuação integrada envolvendo todos os entes federativos”, explicou.

"Bom Problema"

A diretora afirmou que, em busca das contribuições de todos os entes federativos, foram realizadas, nestes últimos meses, cinco oficinas em capitais que representassem cada uma das grandes regiões do país. “Recebemos mais de 300 propostas de recomendação e, agora temos um bom problema: o grande volume de contribuições a serem sistematizadas. O que mais ouvimos é que se espera um Brasil mais inclusivo, eficaz e inteligente, com um Estado aberto, participativo e sustentável”, concluiu.

Betania Lemos, presidenta da Enap, por sua vez lembrou que a sua instituição também participou das oficinas promovidas pelo MGI em busca de se ouvir as necessidades trazidas pelos próprios entes federativos. ”É um jeito inovador de capacitar. É uma capacitação, mas do século XXI, que tem significado também para quem escuta, avaliou. Já Martina Bergues, consultora em Governo Digital no Banco Interamericano de Desenvolvimento, falou sobre os instrumentos que podem auxiliar estados e municípios na implementação de uma estratégia nacional de governo digital. “A ideia é que as parcerias tenham escopos e formatos diferentes. Mas um primerio passo importante é que a utilização de ferramentas da rede gov.b r para um diagnóstico da maturidade tecnológica atual dos muncípios, descobrindo as necessidades de cada um”, descreveu.

O superintendente de governo digital de Alagoas também destacou a importância da cooperação federativa. “Devemos parabenizar o Governo Federal por entender que devemos tratar esse tema de forma integrada da mesma forma que também temos projetos estruturantes em nível nacional, como a Carteira de Identidade Digital”. E Igor Oliveria, vice-presidente de Soluções Inteligentes para Cidades do Fórum Inova Cidades, falou sobre a experiência dos municípios também destacou o aspecto humano da inclusão tecnológica. “Percebemos que a transformação digital não é apenas tecnológica, já nos orientamos a serviços, a resultados e, hoje, fala-se muito na orientação a pessoas”, avaliou.

Por: Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro)
Edição: Yara Aquino

 

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