Governos Federal, estadual e municipais se reúnem para traçar medidas de enfrentamento à estiagem no Pará

Os ministros das Cidades, Jader Filho, e da Integração e do Desenvolvimento Regional, Waldez Góes, estão no Pará, onde se reúnem com o governador Helder Barbalho, parlamentares, prefeitos e lideranças comunitárias para tratar de medidas emergenciais de enfrentamento à estiagem que vem castigando municípios do estado. Na manhã desta quarta-feira (15/11), as autoridades se reuniram na Associação Comercial e Empresarial de Santarém (ACES), no município de Santarém (PA).

"Viemos aqui por determinação do presidente [da República] Lula para entender a situação grave que está ocorrendo em diversos estados da Amazônia e, em especial, aqui no Oeste do Pará", destacou Jader Filho. Em visita à comunidade Igarapé da Praia, os ministros falaram da preocupação com o cenário encontrado. "A situação é muito grave. Estamos à margem do rio Amazonas, que está 100% seco. E isso se repete em diversos municípios da Amazônia. Seja no Amazonas, no Acre, no Amapá, aqui no Pará. É desafiador", ponderou Waldez Góes. 

Para o ministro Jader Filho, é preciso retomar o pacto federativo. "Vamos estar juntos acompanhando e ajudando todos os estados e municípios que estão precisando de auxílio nesse momento tão grave com essa seca que assola a região Norte do País", disse. Jader Filho detalhou que, somente para o estado do Pará, já foram empenhados R$ 17,7 e anunciou que, na próxima semana, devem ser empenhados mais R$ 4,4 milhões para atender a população com água, alimentos e combustível.

Waldez Góes explicou que os recursos se referem somente a ajuda humanitária, ressaltando que há, ainda, o apoio de outras pastas, como da Saúde, Agricultura Familiar e da Pesca. "São muitos outros ministérios que atuam com seus próprios orçamentos para garantir resposta à sociedade dessa regiões", disse o ministro da Integração e do Desenvolvimento Regional.

As altas temperaturas na Amazônia têm gerado grande preocupação, e ainda há previsão de mais calor. A estiagem severa tem piorado cada vez mais o cenário da região, que também sofre com queimadas. Nas últimas semanas, o porto no município de Terra Santa, oeste paraense, ficou comprometido, isolando os ribeirinhos que vivem na região e costumeiramente cumprem a travessia pelo rio Nhamundá, afluente da margem esquerda do Rio Amazonas.

O morador Anderson, da região de Santarém, falou dos desafios de enfrentar a estiagem. "Nossa realidade está muito difícil aqui, principalmente com a falta de água, que é o que mais estamos reivindicando. Estamos precisando muito do microssistema", disse. Sob o gerenciamento da Secretaria de Estado de Obras Públicas (Seop), a construção do microssistema de abastecimento água vai garantir água de qualidade à população local. "É muito cruel para nós, moradores, andarmos três, quatro quilômetros pra vir buscar água na beira do rio Amazonas todos os dias", desabafou o morador.

Por: Agência Gov