Esporte

Jogos Parapan-Americanos 2023: Inclusão, igualdade e excelência esportiva

Com olhar voltado para a modernidade, cerimônia de abertura no Estádio Nacional destacou a diversidade no esporte

17/11/2023 23:04
Jogos Parapan-Americanos 2023: Inclusão, igualdade e  excelência esportiva
Foto: Divulgação/Ministério do Esporte


Um olhar para a modernidade, com uma metrópole construída por pessoas, muita dança e esportes urbanos, e a excelência esportiva que só a diversidade permite alcançar. Essa foi a mensagem transmitida ao mundo durante a Cerimônia de Abertura dos Jogos Parapan-Americanos Santiago 2023. Diante de um público de cerca de 30 mil pessoas nas arquibancadas do Estádio Nacional, os chilenos deram as boas-vindas aos 2.262 atletas das Américas, de 31 países, que irão buscar medalhas no megaevento continental.

O Brasil foi a quinta nação a entrar no Estádio Nacional. A dupla de porta-bandeiras formada por Mariana D'Andrea, atleta de 25 anos do halterofilismo, e Claudiney Batista, atleta de 45 anos do atletismo, liderou a festa verde e amarela. Carregando a bandeira nacional, os atletas comandaram a entrada da maior delegação da história do país no desfile dos Jogos Parapan-Americanos. São 339 atletas, dos quais 292 bolsistas do Programa Bolsa Atleta do Governo Federal.

Claudiney Batista teve a perna esquerda amputada depois de um acidente de moto em 2005. No mesmo ano, conheceu o atletismo paralímpico e se identificou com as provas de lançamento e arremesso. Ele conquistou o bicampeonato de lançamento de dardo na classe F56 (para pessoas que competem em cadeira) durante os Jogos Paralímpicos de Tóquio. Também tem dois ouros e duas pratas em Mundiais, além de dois ouros e uma prata em Parapans.

Já Mariana tem nanismo. Em 2015, o técnico Valdecir Lopes a encontrou em um supermercado e lhe fez o convite para conhecer o halterofilismo. Em Tóquio, foi campeã paralímpica da categoria até 73kg. Neste ano, se tornou a primeira pessoa do Brasil a conquistar um ouro em um Mundial - venceu na categoria até 79kg.

A delegação brasileira busca manter a hegemonia na maior competição esportiva das Américas. São 339 atletas brasileiros em 17 modalidades, incluindo os 10 atletas-guia do atletismo, três calheiros da bocha e dois goleiros do futebol de cegos.

Do total de esportistas, 292 atletas são apoiados financeiramente pelo Programa Bolsa Atleta do Ministério do Esporte (86,13% da delegação). O investimento do Governo Federal para 2023 nos atletas é de R$ 27,85 milhões.

Buscando excelência
A cerimônia destacou a modernidade, as metrópoles e o cosmos, em 2h17min de duração. Hansel Cereza foi o diretor criativo da cerimônia. Também foram destacados a diversidade no esporte, na cultura e, sobretudo, do povo chileno. O cenário montado no gramado do Estádio Nacional representou uma metrópole moderna, formada por uma variedade de cubos brancos de diferentes medidas de volume.

Com uma apresentação inovadora, o espetáculo criou uma ligação entre o ser humano e o cosmos, formando uma parte de um todo. O espetáculo também destacou a alma e as raízes da nação, que é cercada por um lado pelo oceano Pacífico e, por outro, pela Cordilheira dos Andes.

Vagas para Paris
Em Santiago, os brasileiros competirão em 17 modalidades: atletismo, badminton, basquete em cadeira de rodas, bocha, ciclismo, futebol PC (Paralisados Cerebrais), futebol de cegos, goalball, judô, halterofilismo, natação, rúgbi em cadeira de rodas, taekwondo, tênis em cadeira de rodas, tênis de mesa, tiro com arco e tiro esportivo.

Em oito modalidades, os brasileiros tentarão conquistar vagas para as Paralimpíadas de Paris 2024: basquete em cadeira de rodas, bocha, goalball (no feminino), rúgbi em cadeira de rodas, tênis de mesa, tênis em cadeira de rodas, tiro com arco e tiro esportivo. O futebol de cegos e goalball masculino também classificam os campeões, mas o Brasil já tem vagas asseguradas em ambas por já ter atingido a critérios pré-estabelecidos de qualificação.

Por: Ministério do Esporte

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