Justiça

MEC avança no debate acerca da justiça restaurativa

2º Diálogo Justiça Restaurativa nas Escolas contou com a participação de especialistas do judiciário. Debate está disponível no canal do MEC no YouTube

29/11/2023 17:45
MEC avança no debate acerca da justiça restaurativa

 

Nesta terça-feira, 28 de novembro, ocorreu o 2º Diálogo Justiça Restaurativa nas Escolas , organizado pelo Ministério da Educação (MEC) por meio da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização de Jovens e Adultos, Diversidade e Inclusão ( Secadi ). A iniciativa é fruto da parceria do MEC com o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e visa promover a cultura de paz e não violência nas escolas. A transmissão está disponível no Canal do MEC no YouTube .

Esse segundo encontro contou com a participação do juiz Egberto de Almeida Penido e do desembargador Roberto Portugal Bacellar. O debate foi moderado por Yann Evanovick Furtado, coordenador-geral de Políticas Educacionais para a Juventude, da Secadi .

Para o desembargador Roberto Portugal Bacellar , ter um novo olhar acerca da questão d a autoridade possibilita trabalhar de maneira cooperativa , integrativa e com uma visão sistêmica. A ideia da justiça restaurativa é que nós possamos , ao invés de analisar o conflito como um exemplo, um episódio fragmentado, busca r analisar o conflito com uma visão complexa, sistêmica. Ela tentar analisar não como um retrato, mas como um filme, onde nós possamos tentar conhecer a história de cada um ”, explicou. Segundo o desembargador, a justiça restaurativa é participativa e deve ser tratada em conjunto, compreendendo estudante s , professores , diretores e , inclusive, a comunidade.

De acordo com o juiz Egberto de Almeida Penido , a justiça restaurativa nas escolas é uma iniciativa para lidar não só com a violência , mas com a construção de um ambiente de convivência justa. Quando falamos de justiça restaurativa, estamos falando de uma justiça de valor , e a justiça é um valor muito caro, muito precioso para estar na mão só dos juristas. Ela diz respeito a cada um e cada uma , da forma como respondemos à quilo que nos afeta ”, afirmou . Segundo ele, escolas que têm aderido às práticas restaurativas têm tido queda do índice de violência .

Diálogos O ciclo de diálogos Justiça Restaurativa nas Escolas faz parte do Acordo de Cooperação Técnica para a implementação do projeto “Justiça Restaurativa nas Escolas”, assinado pelo MEC e pel o CNJ no dia 14 de novembro. Os debates são uma preparação para a implementação de práticas restaurativas no ambiente escolar em 2024 . O objetivo é promover a cultura de paz e não violência nas escolas, utilizando práticas que envolvam o diálogo, a responsabilização e a reparação dos danos causados pelos conflitos.

Acordo O Acordo de Cooperação Técnica para a implementação do projeto “Justiça Restaurativa nas Escolas” tem o objetivo de contribuir com recursos para que as escolas possam criar ambientes que facilitem o enfrentamento da violência interna e da sua banalização, a partir da escuta qualificada, da ressignificação, da restauração e do fortalecimento das relações que permeiam o ambiente escolar. A ideia é que essas ações ocorram por meio do comprometimento da comunidade escolar (dirigentes, professores, alunos, pais) e da sociedade, bem como por meio da capacitação de profissionais e estudantes que têm interface com a rede de ensino.

O projeto também conta com: a parceria entre os tribunais; a participação dos magistrados e servidores; os parceiros institucionais; e o sistema de educação e suas escolas. A divulgação das noções básicas sobre as várias possibilidades e funcionalidades da justiça restaurativa cabe ao Comitê Gestor da Justiça Restaurativa, do CNJ.

O Ministério da Educação e o Conselho Nacional de Justiça , a fim de alcançarem o que foi proposto pelo Acordo de Cooperação Técnica, devem promover ações de articulação, gestão, sensibilização e capacitação para o fomento da justiça restaurativa.

Por: Ministério da Educação (MEC)

 

Link: https://www.gov.br/mec/pt-br/assuntos/noticias/2023/novembro/mec-avanca-no-debate-acerca-da-justica-restaurativa
A reprodução é gratuita desde que citada a fonte