Ministérios da Indústria e Comércio do Brasil e da Coreia do Sul restabelecem cooperação formal
Pastas criam Conselho Cooperativo de Comércio e Investimento focado em áreas como tecnologia, recursos energéticos e economia verde, entre outras; MDIC também participou de mesa redonda com empresários coreanos
O Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) e o Ministério de Comércio, Indústria e Energia (MoTIE) da Coreia do Sul retomaram nesta sexta-feira (24) um canal formal para impulsionar a cooperação comercial e industrial entre os dois órgãos.
Em Seul, o secretário executivo do MDIC, Márcio Elias Rosa, assinou com sua contraparte do MoTIE da Coreia do Sul, Ahn Dukgeunum, memorando de entendimento para o estabelecimento do Conselho Cooperativo de Comércio e Investimento MDIC-MoTIE.
O memorando prevê cooperação em áreas como facilitação do comércio e de investimentos, tecnologia, recursos energéticos e minerais, economia digital, verde e bioeconomia e infraestrutura de qualidade.
“Estamos comprometidos com a parceria entre o MDIC e o MoTIE. Temos uma agenda muito consistente que passa pela promoção dos negócios relacionados ao desenvolvimento sustentável. A política coreana para o hidrogênio verde é um referencial importante para a discussão do tema no Brasil. O Brasil tem potencial e vocação para o desenvolvimento com sustentabilidade e a proximidade com a Coreia atuará como importante contributo”, afirmou Elias Rosa.
Brasil e Coreia já tiveram instrumento semelhante. O Comitê Conjunto de Promoção e Comércio e Investimentos e Cooperação Industrial vigorou por dez anos, entre 2008 e 2018, quando deixou de ser renovado. Foi a partir desse mecanismo bilateral que o Brasil adotou, por exemplo, o Ombudsman de Investimentos Diretos (OID). Baseado no modelo coreano, o mecanismo garante, por meio de uma plataforma, o suporte necessário aos investidores estrangeiros, recebe consultas e questionamentos, recomenda soluções e propõe melhorias na legislação para aperfeiçoar o ambiente de negócios.
o Conselho se reunirá anualmente, de forma alternada em cada um dos países. A próxima reunião ocorrerá em 2024 no Brasil.
Mesa redonda - Também nesta sexta-feira a delegação brasileira participou de uma mesa redonda com empresários de diferentes setores para identificação de oportunidades de negócios e investimentos. Participaram dessa mesa empresas de segmentos diversos como bioenergia, tecnologia, automobilístico, siderurgia, construção, dentre outros.
Brasil - Coreia
Em 2022, as exportações brasileiras para a Coreia do Sul cresceram 9,4% em relação ao ano anterior, passando de US$ 5,67 bilhões para US$ 6,2 bilhões. A balança comercial resultou em superávit de US$ 743 milhões naquele ano.
Foi o 12º destino das exportações brasileiras em 2012. O padrão tem sido mantido em 2023: entre janeiro e outubro de 2023, a Coreia do Sul foi o 12º principal destino das exportações brasileiras e o quarto destino asiático, atrás de China, Singapura e Japão.
A corrente de comércio (exportações e importações somadas) entre os dois países foi de US$ 11,66 bilhões em 2022, aumento de 8,3% em relação ao ano anterior, no qual a corrente de comércio somou US$ 10,77 bilhões.
A pauta de exportações brasileiras à Coreia do Sul compôs-se de 41,7% de indústria extrativa, 38% de indústria de transformação e 19,8% de agropecuária. Em relação às importações, 100% refere-se à indústria de transformação.
Por: Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC)
A reprodução é gratuita desde que citada a fonte