Esporte

Phelipe Rodrigues encerra carreira em Jogos Parapan-Americanos com 50ª medalha internacional

Brasileiro de 33 anos somou 5 medalhas em sua última edição de Jogos Parapan-Americanos. Ao Ministério do Esporte, ele fala sobre a emoção do adeus e seus planos para o futuro

25/11/2023 15:20
Phelipe Rodrigues encerra carreira em Jogos Parapan-Americanos com 50ª medalha internacional

 

A trajetória de Phelipe Andrews Rodrigues na natação começou como parte do processo de reabilitação do pé direito torto congênito (PTC), uma alteração nos ligamentos, músculos, tendões e ossos do pé que aconteceu ainda na gestação. Ele não imaginava que hoje, aos 33 anos, deixaria para o Brasil um legado internacional de oito medalhas paralímpicas, 20 em Mundiais e impressionantes 22 pódios em Jogos Parapan-Americanos.

Em sua última competição parapan-americana, Phelipe brilhou mais uma vez, conquistando cinco medalhas em Santiago, incluindo quatro de ouro e uma de bronze. Assim, o brasileiro transferiu simbolicamente o protagonismo na natação para a próxima geração, com uma marca única: sua 50ª medalha em eventos internacionais.

Apoiado pelo Programa Bolsa Atleta do Governo Federal, Phelipe frisou a importância do incentivo durante sua carreira. “Eu faço parte do Programa Bolsa Atleta desde quando comecei a nadar, praticamente, lá atrás em 2008. E realmente foi muito importante na minha carreira como atleta, fez com que eu realmente pudesse me dedicar ao esporte de alto rendimento. Só tenho a agradecer ao Governo Federal por estar cobrindo minha carreira inteira e vamos até onde a gente puder”.

Em entrevista ao site do Ministério do Esporte, o pernambucano Phelipe compartilhou seus sentimentos sobre o encerramento dessa fase única de sua vida. Com humildade, ele destacou a importância da nova geração de atletas, ressaltando a diversificação e o talento da equipe paralímpica brasileira.

Como foi para você conquistar a medalha de número 50?

Phelipe Rodrigues: Foi incrível! Eu vinha com essa meta pessoal e consegui conquistar minha 50ª medalha nas maiores competições internacionais, que são os Jogos Parapan, Mundiais e Paralimpíadas. Estou super feliz.

Como você encara o universo paralímpico hoje, em comparação com quando você começou a nadar?

Phelipe: Eu fico muito feliz, principalmente porque antigamente a gente tinha alguns atletas que eram multimedalhistas, como o próprio Daniel Dias, que estava fazendo a entrega da premiação aqui em Santiago. Isso me deixou muito feliz. André Brasil, Edênia Garcia, eram muitos atletas multimedalhistas.

Hoje a gente tem uma seleção muito diversificada. A gente fez a nossa melhor campanha na história, onde tivemos, eu acho que 99,9% dos atletas que participaram, nadadores, ganharam medalhas. Isso me deixa muito feliz de poder estar fazendo parte disso e desenvolver isso na minha carreira toda.

Como foi para você disputar esse último Parapan?

Phelipe: Foi indescritível. Eu estava até conversando com o meu psicólogo porque, assim, antes de começar a competição eu não sabia o que é que eu estava sentindo. Era um sentimento novo, assim, de medo, insegurança, ansiedade, felicidade. Era um mix de muita coisa. Então, até agora eu não sei.

Porque a gente sempre acabava uma competição visando à próxima e agora eu não sei. Paris está logo ali, mas na mesma hora eu não estou pensando em Paris. Então, acaba sendo diferente, mas tô muito contente.

Você tem algum planejamento para o futuro?

Phelipe: Vou continuar nadando, mas, assim, mais tranquilo, com a cabeça mais relaxada. Se chegar em Paris eu estiver bem de cabeça, principalmente com minha saúde mental, talvez eu cogite a possibilidade. Mas daqui para lá tem muito chão e vamos ver o que é que dá.

Que mensagem você gostaria de deixar para a nova geração de atletas que está vindo aí?

Phelipe: A única coisa que eu quero deixar é, tipo, faça o máximo de si, se divirta, ajude um ao outro. Porque, quer queira ou não, a natação é um esporte individual, mas quando a gente está em uma equipe, em uma competição, acaba fazendo a diferença o coletivo.

Então, ter a galera torcendo por a gente ali na arquibancada faz a diferença. Ter a nossa equipe ali por trás da gente, empurrando, "vamos lá, vai ser bom, você vai nadar bem", faz uma diferença enorme.

Por: Ministério do Esporte

 

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