Economia
Saiba como identificar a veracidade de uma nota de real
Diretora do BC falou sobre a importância dos elementos de segurança das cédulas. Há elementos comuns a todas as notas e outros específicos
03/11/2023 17:02
Como saber se uma cédula de real é verdadeira ou falsa? Quais são os elementos de segurança das cédulas de real? Como identificá-los de maneira simples e rápida? Esses e alguns outros assuntos ligados à segurança do nosso dinheiro foram abordados na última LiveBC , transmitida na segunda-feira (30). Leia abaixo os principais pontos tratados na transmissão.
Quem explicou sobre os elementos de segurança das cédulas do real foi a Diretora de Administração do Banco Central, Carolina Barros. “O dinheiro vivo ainda segue sendo a base da economia brasileira. Na sexta-feira (27) passada, R$326 bilhões estavam em circulação em todo o território nacional”, disse.
Elementos comuns a todas as cédulas de segurança
Alguns elementos de segurança são comuns a todas as cédulas do real. Durante a LiveBC, a diretora falou sobre três deles: a marca d´água, o número escondido e o alto-relevo.
Todas as cédulas possuem uma grande área clara. Quando esse espaço é colocado contra a luz, a marca d´água fica perceptível. “Ela se assemelha muito a um desenho feito a lápis. Vemos tons de cinza, tons claros e escuros”, pontuou Carolina. “No caso da nota de R$5, eu preciso ser capaz de ver a garça e o número 5; na cédula de R$2, ver a tartaruga-marinha e o número 2; na cédula de R$10, ver a arara-vermelha e o número 10; na nota de R$20, ver o mico-leão dourado e o número 20; a onça-pintada e o número 50 na cédula de R$50; a garoupa e o número de 100 na cédula de R$100; e o lobo-guará e o número 200 na cédula de R$200. Essa correlação é extremamente importante.
O segundo elemento que é comum a todas as cédulas é o número escondido. Para conseguir vê-lo, é preciso colocar a cédula na horizontal e deixá-la perpendicular à área dos olhos.
Já para conferir o alto-relevo, é preciso tocar as cédulas com as pontas dos dedos. “Antes de falar do alto-relevo, é preciso falar do papel do qual são feitas as cédulas. É o papel fiduciário, mais resistente para suportar o manuseio, a circulação, difere do papel comum, que é mais liso”, explicou Carolina.
Nas cédulas de R$2, R$5 e R$10, por exemplo, o alto-relevo está na frente. Nas demais cédulas, eles estão na frente e no verso. É possível encontrá-lo, por exemplo, em inscrições como “República Federativa do Brasil”, na efígie da República e nas laterais da cédula.
Elementos específicos
Carolina falou sobre o número que muda de cor, que está nas cédulas de R$10, R$20 e R$200. “Quando inclino a nota, o verde vira azul e tem um efeito de barra rolando dentro do número”, mostrou a diretora, ao manejar a nota de R$20.
Outro elemento específico é a faixa holográfica, que aparece nas cédulas de R$50 e R$100. Na faixa holográfica da cédula de R$100, é possível perceber no canto superior o número 100 e a palavra “REAIS”. Eles se alternam, é possível ver um por vez. No centro da faixa holográfica, é possível ver a garoupa, em prata fosca; já no canto inferior, um desenho de corais e o número 100, que aparecem várias cores ao movimentar a cédulas, e uma estrela do mar em prata fosca.
“Esses seriam os principais elementos de segurança. Precisamos criar o hábito de conferir pelo menos três elementos, assim como conferimos o troco. Essa é a prática recomendada pelos bancos centrais do mundo inteiro aos cidadãos dos países”, disse.
“O falsário se aproveita do nosso desconhecimento para tentar passar uma cédula falsa. A cédula falsa, na verdade, é uma imitação imperfeita da verdadeira. Até hoje, nenhum item de segurança foi reproduzido. Não há uma cédula falsa com um item de segurança igual ao de uma cédula autêntica. Grande parte das falsificações é perceptível ao olho humano. Daí a importância de a gente aprender sobre o dinheiro brasileiro para se proteger de uma possível falsificação”, disse a diretora.
Acessibilidade
Carolina aproveitou a live sobre elementos de segurança para falar um pouco sobre os elementos de acessibilidade, elementos concebidos para auxiliar portadores de deficiência visual no reconhecimento de cédulas. A diretora falou sobre os tamanhos diferenciados das cédulas e sobre a marca tátil, mostrando sua localização e composição em cada cédula.
Em caso de suspeita
Se a cédula parece suspeita, o cidadão pode recusar seu recebimento e sugerir outra forma de pagamento. “Caso suspeite de alguma cédula depois de tê-la recebido, dirija-se à rede bancária e peça uma análise pelo Banco Central. Caso se confirme a suspeição, não há ressarcimento do valor, daí a importância de conferir pelo menos três elementos de segurança ao receber uma cédula. Tentar passar cédula falsa é crime”.
Polícia Federal
O BC possui um acordo de cooperação com a Polícia Federal para troca de informações e experiências e assim combater a circulação de cédulas falsas. Ao longo dos últimos 5 anos (2018-2022), houve uma redução de falsificações da ordem de aproximadamente 49%. “Combater a falsificação beneficia toda a sociedade, em especial, aqueles que possuem menor poder aquisitivo, para os quais o recebimento de uma cédula falsa de maior valor representa significativa perda financeira”, afirmou a diretora.
Cédulas danificadas
Sobre as cédulas danificadas, Carolina explicou que, se elas tiverem mais de 50% do tamanho original, ainda possuem valor. Caso o cidadão permaneça em dúvida, também é possível pedir uma análise ao BC via rede bancária.
“O papel do BC é garantir que o dinheiro em circulação seja adequado às necessidades da população, tanto para uso nas transações do dia a dia quanto para reserva de valor. Em termos de quantidade, é preciso que esteja disponível e que haja facilidade de troco. Em termos de qualidade, o dinheiro em circulação tem que se manter em boas condições e com itens de segurança robustos e confiáveis.” Carolina Barros, Diretora de Administração do Banco Central
Assista à LiveBC #22 na íntegra aqui e saiba mais sobre o assunto no site do BC .
Por: Banco Central do Brasil
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