Igualdade racial

Banco do Brasil participa de grupo de trabalho criado pelo Ministério das Relações Institucionais para promover ações pela igualdade de raça

Grupo é coordenado pelo Ministério da Igualdade Racial e atuará para promoção de ações do governo pela igualdade de raça e combate ao racismo

12/12/2023 15:50
Banco do Brasil participa de grupo de trabalho criado pelo Ministério das Relações Institucionais para promover ações pela igualdade de raça
Foto: Marcelo Camargo/ Agência Brasil

 

Na tarde desta terça-feira (12), durante reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico Social Sustentável – o Conselhão – o Banco do Brasil anunciou uma série de ações em prol da igualdade racial e pelo combate ao racismo, a partir de um Grupo de Trabalho criado pelo Ministério das Relações Institucionais, coordenado pelo Ministério da Igualdade Racial (MIR).

Sobre o GT
A Secretaria de Relações Institucionais criou e estruturou Grupo de Trabalho, no âmbito do Conselhão, para debater e propor soluções que promovam a igualdade racional. A coordenação do GT fica a cargo do Ministério da Igualdade Racial. O objetivo é somar esforços, com o setor público e privado, em prol da causa. Na reunião do Conselhao desta terça-feira, 13, a presidenta do BB, Tarciana Medeiros, anunciou que o Banco irá participar do GT. E aproveitou para anunciar novas ações e reiterar outras em andamento pela causa da diversidade.

BB tem a diversidade como pilar estratégico
Dentre as ações anunciadas por Tarciana no Conselhão nesta tarde, ela destacou que o BB se tornou signatário do Pacto Nacional pela Inclusão Produtiva das Juventudes, numa parceria com o Ministério do Trabalho e Emprego, UNICEF e da Organização Internacional do Trabalho, com objetivo de promover uma atuação capaz de oportunizar trabalho decente para a inclusão produtiva das juventudes no Brasil, inclusive da população negra. Além disso, o Banco dialoga com o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) para adesão do BB no Programa Novos Caminhos em 2024, que trata da profissionalização de adolescentes – inclusive de pretos e pardos – que completam 18 anos de idade em instituições de acolhimento. O Banco também criará, em conjunto com o MIR, um portal com conteúdo de letramento racial voltado para todo o funcionalismo público. E o BB aproveitou o momento para também anunciar um concurso cultural para funcionários com objetivo de renomear agências num movimento de visibilidade e resgate de histórias locais, no combate ao esquecimento desses marcos importantes dos povos negros e originários.

“Entendemos que essas e outras iniciativas devem ser uma construção conjunta, sob a orquestração daquele que é o principal responsável pela formulação de políticas públicas: o governo federal”, afirmou Tarciana, em seu discurso no Conselhão no início desta tarde. “Para isso, nada melhor do que reforçarmos a escuta dos detentores de direitos através de um instrumento consolidado e tão representativo como um Grupo de Trabalho Temático no Conselhão, cuja natureza e propósito é exatamente a articulação dos diversos atores sociais comprometidos com a causa”, anunciou Tarciana.

Ela reforçou que é com esse espírito que o BB se sente honrado em participar ativamente do recém criado Pacto pela Igualdade Racial, grupo de trabalho coordenado pelo Ministério da Igualdade Racial, que potencializará as diversas iniciativas do BB e dos demais participantes, por meio do diálogo com os movimentos sociais organizados, da academia, de outras empresas públicas e privadas. “Vou me dirigir aos conselheiros aqui presentes e aos que nos acompanham remotamente, para colocar a equipe do Banco do Brasil à disposição para ampliarmos ainda mais a troca de ideias, experiências e ações em prol da construção de um país mais igualitário, inclusivo e que respeite e valorize a diversidade do seu povo”, pontuou a presidenta do Banco.

Na abertura de seu discurso, ela disse: “é um prazer enorme voltar ao Conselho de Desenvolvimento Econômico Social Sustentável – o Conselhão, e confirmar o quanto já avançamos na promoção de parcerias entre os setores público, privado e sociedade civil organizada, com ações concretas que reduzem as desigualdades e apoiam políticas públicas voltadas a construção de um país melhor”. Durante a reunião, ela ainda comentou sobre o papel destacado e voluntário do BB pela diversidade. “O BB é uma empresa que sabe conciliar seu papel comercial com o social e está comprometido em contribuir para a promoção do desenvolvimento sustentável. Sabemos que o Banco tem um papel social importantíssimo, não apenas fornecendo apoio financeiro, mas também ao dar oportunidade a grupos que historicamente estão à margem da inclusão. Reafirmo a vocês que a pauta Diversidade, Equidade e Inclusão tem sido acelerada, de uma forma muito responsável no BB”, afirmou a presidente.

Ela destacou que o Banco do Brasil criou, no início deste ano, o Comitê Estratégico de Pessoas, Equidade e Diversidade, estrutura de governança dedicada ao tema, vinculada ao Conselho Diretor, no mesmo nível de relevância e priorização de pautas dos demais comitês que o BB possui como, por exemplo, o Comitê de Crédito. Lembrou, também, que o Banco inaugurou o primeiro Conselho Consultivo de Diversidade, Equidade e Inclusão, que tem como objetivo ouvir a sociedade civil, a academia, o mercado e o próprio Governo para discutir como o BB pode atuar, interna e externamente, no avanço das pautas dos grupos sub-representados. “Ao longo de 2023, já realizamos cinco fóruns de discussões temáticas, endereçando ações relacionadas aos temas gênero, raça e etnia, orientação sexual, gerações, neurodivergência e, no próximo dia 14, trataremos sobre os desafios das pessoas com deficiência, em evento em Curitiba, encerrando o ano com um profundo levantamento e um plano de ações robusto para avançarmos ainda mais na inclusão desses públicos priorizados”, conta Tarciana.

Compromissos públicos com ações concretas
A diversidade no Banco do Brasil já se evidencia pela formação do Conselho de Administração, que é um dos mais diversos do mercado. São oito membros, quatro homens e quatro mulheres, sendo dois negros e dois LGBTQIAPN+. O Conselho Diretor, pela primeira vez, possui três mulheres entre os oito cargos de vice-presidente. Até dezembro de 2022, apenas uma mulher havia ocupado essa posição, em toda a história do BB. Neste ano, o BB revisou o Programa de Ascenção de Executivos do BB. Em 2023, foram 34 mulheres selecionadas entre total de 60 aprovados. Como comparação, em 2021, processo mais recente até então, tinham sido apenas 25% de mulheres selecionadas.

Ainda em 2023, o BB lançou o Programa de Mentoria para Lideranças Negras e, de forma inédita, criou o Programa Raça é Prioridade, que tem o objetivo de acelerar a ascensão de lideranças negras nos cargos de gestão estratégica no BB. “Esta foi uma das ideias concebidas pelo trabalho conjunto entre as equipes técnicas do BB e do Ministério da Igualdade Racial, graças à parceria que firmamos, desde o início do ano, e que consolidamos por meio do protocolo de intenções que assinamos, em 27 de julho, no âmbito do Comitê de Combate às Desigualdades Sociais do Conselhão. E o que me orgulha é poder constatar que não ficamos só nas intenções. Como costumo dizer, mais do que iniciativas nós temos que partir para as acabativas”, ressaltou a presidente do BB durante o Conselhão.

A presidente do Banco listou, ainda, demais ações concretas. Em agosto, o BB lançou um novo edital do Prêmio Fundação BB de Tecnologia Social, de R$ 6 milhões, com uma bonificação especial para recortes de gênero, raça e etnia; em setembro, aderiu como embaixadores do Pacto Global da ONU em três movimentos: Eles Lideram 2030, Raça é Prioridade e Salário Digno. Com isso, definiu indicadores e metas em sua estratégia corporativa, além do compromisso público em promover essas pautas junto ao mercado corporativo e em toda a sociedade; em novembro, o Banco lançou o edital de Seleção Pública de Projetos voltados ao Empoderamento Socioeconômico das Mulheres Negras. Esta seleção pública prevê a disponibilização de um total de 12 milhões de reais para aplicação em projetos de empreendedoras negras, da cidade e do campo, em situação de vulnerabilidade e exclusão social; resgatamos o Projeto Memória Lélia Gonzalez, interrompido em 2016, para promover a reflexão e conscientização sobre a estrutura e o funcionamento do racismo e sexismo na sociedade.

O Banco aproveitou momento para destacar do Cartão Raízes, lançado em novembro, durante o mês da Consciência Negra, numa parceria em que o Banco do Brasil fará repasse, via Fundação BB, para a Parceria Estratégica firmada com a Universidade Zumbi dos Palmares, em um projeto que contemple pesquisas aplicadas a temática racial e mecanismos de aceleração da representatividade e combate à discriminação no Brasil.

Outro parceiro relevante nessa jornada junto com o BB tem sido o Ministério da Cultura. “No início do ano, o edital de patrocínio dos CCBBs foi lançado e, hoje, tenho a felicidade de convidar a todos que puderem, para visitar no CCBB São Paulo, a exposição “Encruzilhadas da Arte Afro-Brasileira” que apresenta obras de 61 artistas negros. Este é um exemplo dos diversos projetos selecionados, frutos do eixo curatorial de valorização racial construído com o MINC”, afirmou Tarciana, durante a reunião.

Por: Banco do Brasil

 


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