Como o petróleo vira tanta coisa?
Nesta segunda matéria da série de conteúdos do Ministério de Minas e Energia (MME), vamos falar sobre como uma matéria-prima tão completa pode se tornar tantos produtos diferentes
O petróleo é uma matéria-prima versátil que desempenha um papel fundamental na economia e na vida de pessoas ao redor de todo o mundo. Além de uma grande diversidade de combustíveis, esse óleo, que no Brasil é extraído principalmente do fundo do mar, pode dar origem a uma ampla gama de produtos químicos, incluindo fertilizantes, solventes e produtos farmacêuticos.
Tudo começa pelo refino do petróleo, de onde saem combustíveis valiosos, como a gasolina, o diesel e o gás liquefeito de petróleo (GLP), mais conhecido como gás de cozinha. As 19 refinarias brasileiras totalizam uma capacidade instalada que supera 2,3 milhões de barris por dia, o que colocar o país como oitavo parque de refino do mundo.
Mesmo num cenário em que se vislumbra a transição energética para fontes renováveis, tanto o petróleo quanto o gás natural têm suas contribuições para este processo. É necessário que continuem sendo produzidos, pois garantem a segurança energética para a continuidade do abastecimento, além de recursos e expertise técnica para o desenvolvimento de tecnologias de baixo carbono.
O que é obtido a partir do refino?
A destilação é um dos processos que separa os componentes do petróleo refinado. O óleo é aquecido em altas temperaturas até evaporar. Esse vapor é condensado a partir do resfriamento em diferentes níveis da torre de destilação e volta ao estado líquido. Há recipientes em vários níveis da torre que coletam cada subproduto, a depender da característica que se deseja de cada combustível.
Nos processos de conversão, as frações mais pesadas e, portanto, de menor valor, oriundas da destilação, são transformadas em cadeias de moléculas menores, dando origem a derivados mais nobres, como, por exemplo, GLP, gasolina e diesel.
Os combustíveis passam ainda por processos para a remoção do enxofre a fim de alcançar os padrões de qualidade exigidos pelos órgãos ambientais e pela Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) e reduzir os impactos ao meio ambiente.
Também há processos auxiliares os quais são essenciais para operação das demais unidades fornecendo insumos ou tratando rejeitos, como, por exemplo, geração de hidrogênio, recuperação de enxofre, além das utilidades (vapor, água, energia elétrica, ar comprimido, tratamento de efluentes, entre outros).
Por: Ministério de Minas e Energia (MME)
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