COP 28: Combustível do Futuro e descarbonização dos transportes são destaque do MME

O pioneirismo e liderança do Brasil no setor de biocombustíveis foram o destaque do Ministério de Minas e Energia (MME) nesta sexta-feira (1º/12), na Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP28). A adesão à Aliança Global de Biocombustíveis (GBA), assinada pelo presidente Lula e pelo ministro Alexandre Silveira durante cúpula do G20, é um dos pontos que reforçam o papel brasileiro na transição energética por meio dos combustíveis renováveis. A iniciativa reúne os maiores produtores mundiais dos biocombustíveis, como o Brasil, Índia, Estados Unidos e outros 16 países, com o objetivo de fomentar a produção sustentável e o uso de biocombustíveis no mundo.

Representando o MME na COP28, o secretário nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis, Pietro Mendes, reforçou o papel do biodiesel para o fortalecimento da agricultura familiar e como os biocombustíveis estão inseridos na nossa matriz de transportes, contribuindo para a descarbonização da mobilidade.

"Somos os maiores produtores de etanol de cana-de-açúcar do mundo, temos um agronegócio forte, que é a base da nossa economia e que fornece os insumos para combustíveis de alto valor agregado que, além de gerar riquezas para o nosso país, cria empregos para a população e ajuda a reduzir as emissões de gases de efeito estufa. O Combustível do Futuro vem ao encontro da Aliança Global a qual o presidente Lula aderiu durante cúpula do G20, pois vamos entrar em uma nova era dos combustíveis renováveis, com maior eficiência energética, ajudando na descarbonização de setores muito difíceis, como a nossa frota pesada e o setor aéreo", comentou o ministro Alexandre Silveira.

O Brasil na Vanguarda

Mais de um terço da demanda de combustível para transportes no Brasil é atendida por biocombustíveis. Esta é a maior proporção mundial do uso de bioenergia na mobilidade. O programa brasileiro de descarbonização dos transportes, o RenovaBio, é a maior iniciativa global para combater as emissões do setor, com redução de 620 milhões de toneladas de CO2 na atmosfera.

"Na primeira reunião do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE), com a presença do presidente Lula, a gente já tomou uma ação concreta, que foi a retomada do programa de biodiesel, aumentando o teor de 10% para 12%. O ministro sempre diz que nós podemos ser para os biocombustíveis o que a Arábia Saudita é para o petróleo e por isso nós enviamos o Projeto de Lei do Combustível do Futuro, que tem diferentes ações para descarbonizar os transportes, por meio das políticas nacionais do diesel verde e do SAF, e do marco legal da captura e estocagem de carbono", destacou o secretário Pietro Mendes.

O painel promovido pela Apex Brasil na COP28, que neste ano acontece em Dubai, contou, ainda, com a participação de autoridades do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (UNICA), Embraer e representantes do setor.