Meio ambiente

COP 28: MME participa de discussões sobre redução de CO2 em setores de difícil descarbonização

Secretário Pietro Mendes representou a pasta e destacou o papel da cooperação internacional para o estabelecimento de critérios internacionais para combustíveis sustentáveis

02/12/2023 15:00
COP 28: MME participa de discussões sobre redução de CO2 em setores de difícil descarbonização
Foto: Divulgação/MME

 

As iniciativas brasileiras para reduzir as emissões de CO2 de setores de difícil descarbonização, como as do transporte aéreo e da frota de veículos pesados foram apresentadas pelo Ministério de Minas e Energia (MME) em painel da iniciativa global de aceleração de combustíveis do futuro (Future Fuels Accelerator of Clean Energy Ministerial - CEM). O secretário Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis do MME, Pietro Mendes, representou a pasta nas discussões, que ocorreram neste sábado (02/12), na COP 28.

Sob a liderança do ministro Alexandre Silveira, diversas ações que aprofundam a descarbonização dos transportes foram retomadas, como o aumento da mistura de biodiesel ao diesel vendido ao consumidor final, de 10% para 12%, com mandatos estabelecidos até 15%, em 2026. As metas anuais do RenovaBio também foram retomadas, beneficiando os produtores de biocombustíveis com Créditos de Descarbonização (CBIOs) e compensando as emissões dos combustíveis fósseis.

"Alguns setores são especialmente difícies de se descarbonizar, tanto que estamos diante de uma demanda quase que imensurável e uma oferta que não acompanha essa demanda. Essa é a oportunidade que o Brasil deve aproveitar para ampliar a sua liderança no setor dos biocombustíveis. Podemos nos tornar um dos maiores produtores globais de hidrogênio, diesel verde e combustível sustentável de aviação. Isso vai aumentar o nosso PIB, a nossa arrecadação, o desenvolvimento tecnológico de motores e gerar empregos qualificados e renda para a população brasileira", enfatizou Silveira.

Combustível do Futuro

Durante a sua apresentação, o secretário Pietro Mendes apresentou todos os pontos do Projeto de Lei Combustível do Futuro, que tramita no Congresso Nacional. A nova política de descarbonização da mobilidade estabelece mandados para a adição de diesel verde ao diesel em até 3% para reduzir tanto as emissões quanto a dependência de importação do derivado fóssil. Para o setor aéreo, a meta é cortar as emissões em 10% até 2037.

Outro ponto é a adoção de metodologia pioneira para avaliar o impacto das emissões de gases do efeito estufa (GEE) dos veículos. Hoje, é amplamente adotado o método que avalia "do tanque à roda", que desconsidera a etapa de geração de energia. Por meio do PL proposto pelo governo, passará a valer o princípio "do poço à roda", que considera todas as etapas de produção do combustível, incluindo a extração, geração de energia, transporte, armazenagem, distribuição, abastecimento e queima. O projeto também cria o marco legal da Captura e Estocagem de Carbono em reservatório geológico (CCS).

"O Brasil vai sediar, no ano que vem, o Clean Energy Ministerial, que é muito importante do ponto de vista da cooperação internacional para garantir que o biocombustível produzido de forma sustentável no Brasil seja reconhecido por outros países. É essencial para que tenhamos critérios de reconhecidos mundialmente de boas práticas e sustentabilidade", explicou Pietro Mendes.

 

 

Por: Ministério de Minas e Energia (MME)

 

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