Energia

COP28: MME discute segurança energética e oportunidade econômica com o Conselho do Atlântico

Experiências exitosas como o RenovaBio e Projeto de Lei Combustível do Futuro foram compartilhadas com membros do conselho

07/12/2023 18:05
COP28: MME discute segurança energética e oportunidade econômica com o Conselho do Atlântico

 

O secretário Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis, Pietro Mendes, representou o Ministério de Minas e Energia (MME), nesta quinta-feira (7/12), no painel Conselho do Atlântico - Vozes do Sul Global, que ocorreu durante a programação da COP28, em Dubai. Esse espaço, do qual participaram diversos países, é uma plataforma em que representantes de governos apresentam as prioridades em políticas públicas e perspectivas para a transição energética, descarbonização, investimentos e aprendizados.

O acesso a financiamento foi apontado como crucial para uma transição adequada às necessidades climáticas globais, sobretudo para os países do chamado Sul Global, que são mais vulneráveis às mudanças climáticas. Segundo o Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC, na sigla em inglês), 3,3 bilhões de pessoas são "altamente vulneráveis" aos efeitos do aumento da temperatura do planeta.
"A transição energética terá papel fundamental nos planos de mitigação das mudanças climáticas. Desse ponto de vista, o Brasil demonstra que é possível otimizar os recursos disponíveis e proporcionar uma matriz energética sustentável por meio de políticas públicas para ampliar a produção e uso da bioenergia e dos biocombustíveis, reduzindo a dependência dos combustíveis fósseis; e diversificação da matriz energética por meio de fontes renováveis que respeitam a vocação do país", defendeu Pietro.

Outra iniciativa brasileira compartilhada com os demais painelistas foi a Política Nacional de Biocombustíveis (RenovaBio), que impõe metas de redução da intensidade de carbono dos combustíveis para o setor de mobilidade. Em quatro décadas de experiência no uso de etanol, o Brasil deixou de consumir 2,7 bilhões de barris de petróleo equivalente, o que evitou a emissão de 1,68 bilhão de toneladas de CO2.

Combustível do Futuro

Citado em praticamente todos os fóruns e painéis dos quais o ministro Alexandre Silveira e demais representantes do MME participaram, o Programa Combustível do Futuro também foi destaque no Conselho do Atlântico.

Para atender à demanda crescente por combustíveis, o MME apresentou ao Congresso Nacional novos marcos legais para uma nova geração de biocombustíveis, muito mais eficientes, que irão ajudar o país a emitir menos CO2 na atmosfera e reduzir a dependência dos derivados fósseis. A proposta legislativa cria políticas nacionais para o diesel verde, combustíveis sintéticos e bioquerosene de aviação. Além disso, institui a metodologia de análise do ciclo de vida "do poço à roda" e cria o marco legal da captura e estocagem de carbono (CCS).

"Com o Combustível do Futuro abre-se a oportunidade de investimentos de mais de 200 bilhões de reais até 2037, em tecnologia e novos parques produtivos somente em bioenergia e CCS", reforçou o secretário.

Por: Ministério de Minas e Energia (MME) 

 

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