Em painéis na COP28 MIR defende internacionalização da pauta quilombola
Atuação do ministério durante conferência incluiu painéis, reuniões bilaterais e encontro com financiadores e sociedade civil
Demonstrar a centralidade das questões que envolvem as comunidades quilombolas no debate da justiça climática e da preservação do meio ambiente foi a tônica da participação do Ministério da Igualdade Racial durante a COP28, em Dubai, nos Emirados Árabes.
Com dois painéis próprios e participação na programação de outros países, além de encontros bilaterais e rodadas de conversas com investidores, a participação do ministério demonstra que ainda há um longo percurso a percorrer, na avaliação do secretário de Políticas para Quilombolas, Povos e Comunidades Tradicionais de Matriz Africana, Povos de Terreiros e Ciganos, Ronaldo dos Santos.
“Conseguimos trazer, a partir do governo, a questão das comunidades quilombolas, que há muitos anos também participam da COP tentando pautar suas questões, mas ainda há um caminho pela frente no que diz respeito a relacionar num debate mais amplo as demandas sobre o combate ao racismo ambiental, ao direito ao território, ao acesso a recursos de perdas e danos e à própria percepção de que a comunidade quilombola tem papel central na preservação do meio ambiente, ao lado dos povos indígenas”, disse o secretário.
No último sábado (9), a participação do MIR na Conferência terminou com a realização de dois painéis voltados para a temática do combate ao racismo ambiental, ao programa Quilombos das Américas e a política de internacionalização da pauta quilombola.
Durante os momentos de discussão, o secretário Ronaldo dos Santos e a diretora de políticas para quilombolas e ciganos, Paula Balduíno, apresentaram a Política Nacional de Gestão Territorial e Ambiental Quilombola, e os passos que foram dados nos diálogos com outros países para a retomada da cooperação internacional no tema.
“Temos diálogos mais avançados com alguns países, outros ainda em construção com outros, mas sabemos que temos muito a contribuir e também a aprender com a forma que outros países e as próprias organizações da sociedade civil têm pensado as políticas para as comunidades afrorrurais”, diz a diretora Paula Balduíno.
Finalizando a COP28, já se iniciam os preparativos para a COP29, com vistas à COP30, que será sediada em Belém do Pará, no Brasil, no mesmo ano em que se marca os 30 anos da entrega de título à comunidade de Boa Vista, a primeira titulação de terra quilombola no Brasil.
Por: Ministério da Igualdade Racial
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