O presidente da Embratur, Marcelo Freixo, recebeu, nesta quarta-feira (20), o titular da Secretaria de Economia Verde, Descarbonização e Bioindústria do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Rodrigo Rollemberg, para tratar do turismo de base comunitária e do Programa Rotas de Etnoturismo da Amazônia, de iniciativa da pasta.
A prática do etnoturismo como caminho para promover autonomia, desenvolvimento e fortalecimento cultural de comunidades indígenas, a proteção ambiental e ainda reposicionar o Brasil no debate internacional sobre mudanças climáticas é uma pauta convergente entre o MDIC e a Agência, que já vem articulando iniciativas com lideranças indígenas.
Freixo e Rollemberg discutiram a importância do etnoturismo e a consolidação do comitê gestor do programa desenvolvido pelo MDIC, que também envolve o Ministério dos Povos Indígenas, o Ministério do Turismo e a Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai). O MDIC já havia sondado a Embratur sobre a possibilidade da Agência executar parte das ações do programa.
No encontro, Freixo destacou que o turismo é uma saída econômica promissora para a Região Norte, com potencial para atender municípios e as comunidades indígenas. De acordo com o presidente da Embratur, seria uma maneira de garantir que a Amazônia preservada se transforme em fonte de renda, geração de emprego e desenvolvimento para toda a população, incluindo as comunidades indígenas.
“Essa é uma das prioridades desse governo, e uma diretriz do presidente Lula. A gente quer fortalecer as comunidades dos povos originários e a nossa parceria com o Ministério dos Povos Indígenas, Ministério do Turismo, com o MDIC e com a Funai é sólida e vem para materializar essas prioridades estabelecidas pelo presidente da República, que é levar desenvolvimento econômico, social, cultural, e fortalecer a sócio-bioeconomia em todas as regiões do país”, afirmou Freixo.
A parceria é estratégica também porque a estruturação de produtos e experiências que tenham o turismo comunitário e o etnoturismo em comunidades indígenas da Amazônia ajudarão a promover o Brasil, também, durante a 30ª Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas (COP-30), que acontecerá em novembro de 2025, em Belém (PA). É, ainda, uma forma de posicionar o turismo como importante ferramenta de desenvolvimento sustentável.
Demanda crescente
Participaram do encontro com Freixo e Rollemberg a diretora de Marketing Internacional, Negócios e Sustentabilidade da Embratur, Jaqueline Gil, e o coordenador de cadeias produtivas da Secretaria de Economia Verde do MDIC, João Francisco Araújo. Jaqueline Gil lembrou que a experiência que a Embratur vem tentando desenvolver já trouxe resultados positivos para povos originários de outros países.
A diretora ressaltou, ainda, que o etnoturismo é uma demanda crescente no mundo. “A gente vê esse movimento muito bem estruturado em países como Canadá, Noruega e Nova Zelândia, que as suas comunidades indígenas se organizaram para se tornarem empreendedores do turismo indígena, e empreendedores com os valores do conhecimento da cultura indígena no coração, e hoje temos uma série de casos de sucesso de comunidades que seguiram no êxito que eles mesmos trilharam”, afirmou.
“E o turismo não só compartilha conhecimento com a sociedade não-indígena, como é um meio fortíssimo dessa comunidade se fortalecer e financiar a educação dos jovens. Na Nova Zelândia, que é o caminho que eu conheço bem, muitos desses jovens estudam, fazem mestrado e doutorado, e continuam na liderança de negócios de turismo porque é uma máquina muito forte que abastece a cultura, a arte, a história e toda sua conexão com a natureza, como era na ancestralidade”, completou.
Por: Agência Brasileira de Promoção Internacional do Turismo (Embratur)