Equipe do Ibama monitora afundamento de área de extração de sal-gema em Maceió
Drone realiza voos sobre a Mina 18, na lagoa Mundaú
O monitoramento que o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) vem realizando sobre a lagoa Mundaú, no bairro do Mutange, em Maceió (AL), recebeu um apoio importante: um drone RPAS Trinity F90+.
O equipamento é classificado como aeronave não tripulada de decolagem e pouso vertical (VTOL) com asa fixa (100x83x27). O Trinity F90+ consegue cobrir a área com versatilidade, precisão, e em menos tempo que outros drones.
Sob a laguna Mundaú, a empresa Braskem extraiu sal-gema. Hoje, a área está sujeita a desabamentos do solo por conta das cavidades realizadas para a extração. Há uma segunda área interditada, acessível apenas com autorização da Defesa Civil. Um terceiro perímetro, de influência, permanece com trânsito permitido, mas sem ocupação.
O objetivo do Ibama, conduzido por equipes do Centro Nacional de Monitoramento e Informações Ambientais (Cenima) e da Diretoria de Proteção Ambiental (Dipro), em parceria com o perito da Agência de Cooperação Internacional do Japão (Jica), Hiroaki Okonogi - em apoio à Superintendência do Ibama no estado de Alagoas (Supes/AL) -, é gerar ortomosaicos, mapas com imagens georreferenciadas de toda área afetada.
Com aproximadamente 8 horas de voo durante os trabalhos, que já vem ocorrendo desde o dia 19, as equipes vão capturar entre 9.000 e 10.000 fotos de uma área com cerca de 360 hectares.
O drone RPAS (Remotely Piloted Aircraft System) foi disponibilizado pela Jica, a partir do Acordo de Cooperação Técnica entre Brasil e Japão. O produto final possibilitará ao Ibama monitorar as alterações na paisagem e os movimentos de subsidência ao longo do tempo, oferecendo uma visão abrangente para identificar alterações e potenciais impactos causados pelas minas.
Por: Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama)
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