Lula defende que América do Sul continue livre de guerra
Presidente comentou disputa entre Venezuela e Guiana por território de Essequibo durante a abertura da reunião de cúpula do Mercosul
O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, defendeu que a América do Sul continue como uma zona livre de conflitos. Ao comentar a disputa da Venezuela com a Guiana pela região de Essequibo, durante a abertura da 63ª edição da reunião de cúpula de chefes de Estado dos países do Mercosul, o presidente ressaltou que instituições como Mercosul, Comunidade dos Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac) e União de Nações Sul-Americanas (Unasul) atuem para apaziguar a situação. “Nós estamos acompanhando com crescente preocupação o desdobramento em relação ao Essequibo. O Mercosul não pode ficar alheio a essa situação. Por isso, eu quero submeter à consideração de vocês, a minuto da declaração dos Estados partes do Mercosul sobre essa controvérsia, acordada com os nossos chanceleres”, ressaltou.
O presidente disse que a região é uma zona de paz e de cooperação e que náo quer que esse tema contamine o processo de integração regional ou constitua ameaça à paz e à estabilidade. “Uma coisa que nós não queremos aqui na América do Sul é guerra. Nós não precisamos de guerra, nós não precisamos de conflitos. O que nós precisamos é construir a paz, porque somente com a paz a gente pode desenvolver o nosso país”, declarou.
Sobre o acordo Mercosul-União Europeia, Lula disse que conversou com quase todos os presidentes e negociadores da União Europeia para mostrar a necessidade de fazer o acordo, mas que ainda há muita resistência por parte da Europa. Lula celebrou acordo Mercosul-Singapura, que será assinado durante a cúpula.
Leia a Declaração dos Estados partes do Mercosul sobre essa controvérsia entre Venezuela e Guiana
Declaração dos Estados Partes do MERCOSUL, Chile, Colômbia, Equador e Peru sobre a situação entre Venezuela e Guiana
Os Estados Partes do MERCOSUL manifestam sua profunda preocupação com a elevação das tensões entre a República Bolivariana da Venezuela e a República Cooperativa da Guiana. A América Latina deve ser um território de paz e, no presente caso, trabalhar com todas as ferramentas de sua longa tradição de diálogo.
Nesse contexto, alertam sobre ações unilaterais que devem ser evitadas, pois adicionam tensão, e instam ambas as partes ao diálogo e à busca de uma solução pacífica da controvérsia, a fim de evitar ações e iniciativas unilaterais que possam agravá-la.
Por: Agência Gov
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