Plataforma traz informações oficiais sobre registros migratórios, refúgio e trabalho de migrantes
Dados podem subsidiar políticas públicas e a promoção e garantia dos direitos dos migrantes
As informações oficiais sobre registros migratórios, refúgio e mercado de trabalho estão disponíveis, a partir desta segunda-feira (11), para consulta em tempo real na plataforma Datamigra BI . O painel de Business Intelligence facilita a visualização das estatísticas e das tendências relacionadas ao tema.
A plataforma permite a interação amigável e a visualização dinâmica de gráficos, tabelas e mapas sobre os registros de migrações internacionais e solicitações de refúgio das bases de dados.
A base de dados leva em consideração informações oriundas dos seguintes bancos de dados: Coordenação-Geral de Imigração Laboral (CGIL), do MJSP; Carteira de Trabalho e Previdência Social (CTPS), Relação Anual de Informações Sociais (Rais), Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE); Sistema de Registro Nacional Migratório (SisMigra), Sistema de Tráfego Internacional (STI), da Polícia Federal; e Solicitações de Reconhecimento da Condição de Refugiado.
Os dados compartilhados são resultado do Acordo de Cooperação Técnica Obmigra, do Governo Federal. Ele foi assinado entre o Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP), a PF, o MTE, o Ministério das Relações Exteriores (MRE), o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e a Universidade de Brasília (UnB).
Relatório Obmigra
Também foi lançado, na semana passada, em Brasília, o Relatório Anual 2023 do Obmigra , durante o Seminário em alusão aos 10 anos do Observatório.
Ao tratar sobre o fenômeno migratório, o Relatório aborda desafios essenciais para políticas migratórias, incluindo perfis, mercado de trabalho, remessas e acesso ao Bolsa Família, bem como análises específicas sobre gênero, etnia, infância e tráfico de pessoas. Foram analisadas a presença de migrantes e refugiados no Brasil, a partir de dados da série histórica de 2011 a 2022.
De acordo com a publicação, “em 2013, a PF registrou 105.094 solicitações de residência, sendo 67.535 para permanecer no país por 12 meses ou mais e 37.559, temporárias. Após dez anos, em 2022, o volume de registros de residência passou para 1,2 milhão, que equivale a um aumento de mais de dez vezes. Em relação às origens dos fluxos, com a crise humanitária da Venezuela, no início dos anos de 2010, os pedidos de residência de venezuelanos passaram a ocupar o primeiro posto, seguidos pela Síria e Cuba.
As análises do Relatório foram feitas com base na série histórica de 2011 a 2022 e sistematizados a partir das informações provenientes das bases de dados oficiais do Governo Federal, como o MJSP, a Polícia Federal, o Ministério de Relações Exteriores, o Banco Central (Bacen), do Ministério do Desenvolvimento Social (MDS) e o Ministério do Trabalho e Emprego.
Por: Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP)
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