MJSP e UFMG unem esforços para fortalecer a saúde mental dos profissionais de segurança pública
Com início em 2024, devem ser ofertadas mais de 65 mil sessões de psicoterapia ao custo de R$ 6 milhões, com quatro unidades-piloto: Minas Gerais, Rio Grande do Norte, Sergipe e Distrito Federal
Em uma iniciativa voltada para a preservação da saúde mental dos profissionais de Segurança Pública, o Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP) estabeleceu uma colaboração estratégica com a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Foi assinado, na última semana, o Termo de Execução Descentralizada entre os órgãos. Essa parceria visa oferecer atendimento on-line em saúde mental aos policiais civis, militares, técnico-científicos e bombeiros, como parte integrante do Programa Nacional de Qualidade de Vida para Profissionais de Segurança Pública (Pró-Vida).
O governo federal planeja investir R$ 6 milhões ao longo de três anos nesse projeto pioneiro, com Minas Gerais sendo uma das quatro unidades-piloto, ao lado do Rio Grande do Norte, Sergipe e Distrito Federal. Com início em 2024, estima-se uma oferta de mais de 65 mil sessões de psicoterapia que irão beneficiar diretamente os profissionais de segurança pública. A expansão do atendimento para todas as Unidades da Federação está prevista para 2025.
Dados revelados pela Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp/MJSP) entre 2019 e 2021 destacam números alarmantes: 9.224 profissionais feridos em serviço, 78 fatalidades e 364 casos de suicídio. O Pró-Vida surge como uma resposta concreta a essa realidade, oferecendo acolhimento e atendimento com protocolos específicos de psicoterapia adaptados às necessidades únicas dos profissionais de segurança pública.
Desafios
A diretora do Sistema Único de Segurança Pública (Susp), Isabel Figueiredo, ressaltou que a saúde mental dos profissionais de segurança pública é crucial para garantir a eficácia de suas funções e o bem-estar da sociedade.
“Este projeto não apenas reconhece os desafios enfrentados por esses profissionais, mas também demonstra nosso comprometimento em fornecer suporte necessário para preservar sua saúde mental e emocional enquanto desempenham um papel fundamental na segurança pública do país", destacou Isabel Figueiredo.
Os atendimentos visam reduzir o sofrimento psíquico e fundamentar estudos para um protocolo psicoterápico on-line específico para esses profissionais, com três abordagens: acolhimento, para suprir questões pontuais; psicoterapia, para acompanhamento; e intervenção em comportamento suicida. A iniciativa destaca a preocupação com o bem-estar dos agentes públicos de segurança e promete ser um referencial para futuras ações em todo o país, visando a melhoria da qualidade de vida desses profissionais.
Por: Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP)
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