MME e Ipea lançam estudos sobre a extensão da cadeia produtiva da mineração no PIB brasileiro
Pesquisa foi realizada por meio de Termo de Execução Descentralizada (TED) entre a fundação e a Pasta
O Ministério de Minas e Energia (MME) e o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) lançam, nesta quinta-feira (21), o estudo “A extensão da cadeia produtiva da economia mineral no PIB brasileiro”. O levantamento indica que a participação do setor variou, entre 2000 e 2019, de 2,5% a 4%, chegando a contribuir com um valor estimado de R$ 340 bilhões, em reais de 2021.
Segundo as informações divulgadas, a mineração de ferro e a siderurgia são os grandes destaques da economia mineral brasileira tanto pela ótica do PIB quanto pela força de arrasto produtivo. Os estudos também mostram que a relevância do minério de ferro aumentou nos últimos anos, enquanto os números da siderurgia diminuíram. A demanda final incidente sobre a manufatura, a construção civil e a própria extração mineral são os maiores vetores de ativação da produção econômica da cadeia produtiva da economia mineral.
A conclusão desses estudos é um marco importante para o setor, pois apresenta uma metodologia de mensuração de toda a cadeia produtiva da mineração, passando pela extração, processamento, distribuição até a utilização dos produtos finais.
“A partir de agora, temos um método para fazer o levantamento centralizado dos dados para o setor mineral. Isso é fundamental para nossa base de dados e, para interpretar os números que temos no Brasil e, com eles, encontrar e solucionar os gargalos, visando sempre uma mineração social, sustentável e segura*”, avaliou o Secretário Nacional de Geologia, Mineração e Transformação Mineral do MME, Vitor Saback.
A adoção de uma metodologia de cálculo mais criteriosa possibilitou avaliar o impacto do setor da mineração na economia brasileira, desde a atividade de mineração até a transformação mineral. O levantamento baseou-se em avanços recentes da técnica de Matriz Insumo-Produto (MIP) para calcular o PIB da economia mineral, consolidando uma visão abrangente sobre cadeia produtiva e estrutura de dados aplicável a outras cadeias produtivas do Brasil.
“Nosso próximo passo, juntamente ao Ipea, é promover estudos comparando o nosso setor mineral com e de outros países, como Canadá e Austrália, que têm uma mineração forte. Com esses comparativos, poderemos prever com mais assertividades os próximos passos para a mineração brasileira", finalizou Saback.
Confira aqui o estudo completo.
Por: Ministério de Minas e Energia (MME)
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