Ministro da Casa Civil defende que países ricos compartilhem custos para sustentabilidade global
Na Alemanha, Rui Costa alertou que custo para redução da emissão de carbono não pode ser pago pelos mais pobres
No Seminário Empresarial Brasil – Alemanha, em Berlim, nesta segunda-feira (04/12), o ministro da Casa Civil, Rui Costa, apresentou as oportunidades de captação de investimento estrangeiro através do Novo PAC e alertou para a necessidade de um compromisso entre as nações para que o mundo alcance a sustentabilidade global. “É preciso que a gente pense em cooperação internacional. Não é justo que apenas países com condições ambientais favoráveis e perfil socioeconômico com população de baixa renda assumam sozinhos os esforços globais para a sustentabilidade”, destacou o ministro. A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, também participou da mesa de debate com o ministro Rui Costa.
Costa deu o exemplo da conta de energia cobrada no Brasil, em que o consumidor pagou subsídio para que o Brasil hoje esteja entre os três países do mundo na produção de energia renovável. “Esse esforço foi bancado pelo povo pobre que paga esse subsídio na sua conta de energia. Nós, no sentido de manter o emprego, abrimos o chamado mercado livre de energia onde as grandes empresas acessam esse mercado livre sem contribuir com esse subsídio”, explicou.
A ideia defendida pelo ministro da Casa Civil é que a sustentabilidade seja alcançada com divisões de tarefas, recursos e matérias-primas entre as nações. “É sustentável trazer matéria-prima para Europa, energia para Europa para processar tudo aqui e depois distribuir para o resto do mundo? Não seria mais racional compartilhar a produção para equilíbrio e redução da emissão de carbono e melhoria da qualidade de vida das pessoas em todos os lugares do planeta?”, indagou Rui Costa.
Ao final da apresentação sobre o plano de investimentos do Governo Federal, o ministro deixou o convite para que a Alemanha possa investir mais no Brasil por meio da energia renovável. “O Brasil tem feito um gigantesco esforço para avançar na transição energética, mas não conseguirá seguir a passos largos sozinho. Para descarbonizar as cidades, por exemplo, o ônibus elétrico custa o dobro do ônibus de combustão. Precisamos de esforço global para ajudar os países que têm condições de ofertar energia descarbonizada para o mundo. O nosso país tem feitos esforços significativos, mas precisa andar de mãos dadas com a Europa para continuar nessa missão”, reforçou.
Mais cedo, Rui Costa esteve com a diretoria da empresa de transporte Deutsche Bahn Engineering & Consulting e com a empresa Siemens. Esta foi mais uma oportunidade para o ministro destacar projetos do Novo PAC, cujo interesse demonstrado pelas empresas alemãs foi direcionado para ferrovias e portos no Brasil.
Por: Casa Civil
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