Ministério da Saúde abre consulta pública sobre incorporação de teste molecular para HPV no SUS
Exame vai auxiliar no rastreamento do câncer do colo do útero; contribuições podem ser feitas até o dia 17 de janeiro
Após parecer preliminar favorável da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec) à incorporação da testagem molecular como meio de detecção do papilomavírus humano (HPV) para rastreamento do câncer do colo do útero no SUS, o Ministério da Saúde abriu consulta pública à sociedade civil. As contribuições podem ser feitas até o próximo dia 17, via plataforma Participa + Brasil.
O HPV é uma infecção sexualmente transmissível (IST) e a maioria das pessoas sexualmente ativa terá contato com o vírus alguma vez na vida. Os tipos oncogênicos do HPV podem levar ao desenvolvimento de cânceres, como o do colo do útero.
De acordo com o relatório de recomendação divulgado pela Conitec, ocorreram em 2020 aproximadamente 600 mil novos casos e 340 mil óbitos em decorrência do câncer do colo do útero em todo o mundo. Em mulheres vivendo com HIV ou aids, a frequência de infecções múltiplas, verrugas anogenitais, lesões intraepiteliais e neoplasias decorrentes da infecção pelo vírus é maior. Além disso, a chance delas desenvolverem o câncer quando comparadas à população em geral é quatro ou cinco vezes maior.
Evidências científicas mostram que o rastreamento com testes moleculares para detecção da doença é mais eficiente para a identificação de lesões precursoras do câncer do colo do útero. Isso, consequentemente, contribui para a redução de novos casos e da mortalidade pela doença. A identificação precoce do câncer permite o uso de tratamentos menos invasivos, a melhora da qualidade de vida durante o tratamento e o aumento da possibilidade de cura.
A principal forma de prevenção contra o HPV é a vacinação disponibilizada pelo SUS para crianças e adolescentes de 9 a 14 anos de idade, pessoas imunossuprimidas – indivíduos que vivem com HIV ou aids; transplantados de órgãos sólidos ou medula óssea; pacientes oncológicos; e vítimas de violência sexual de 9 a 45 anos de idade.
Vale lembrar que por se tratar de uma IST, o uso de preservativo durante as relações sexuais é recomendado. Além dessas formas de prevenção, a realização regular do exame de rastreamento para o câncer do colo do útero é fundamental para promoção à saúde.
Por: Ministério da Saúde
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