Projeto agrário brasileiro é um dos cinco melhores do mundo, segundo o FIDA
Iniciativa é voltada para famílias agricultoras inscritas no CADÚnico e é exemplo internacional de superação e inovação
O Projeto Dom Hélder Câmara II está entre as cinco ações mais bem sucedidas do Fundo Internacional para Desenvolvimento Agrário (FIDA) no mundo. Segundo o órgão da Organização das Nações Unidas (ONU), as ações, realizadas em parceria com o Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA), geraram um impacto real na vida de milhares de famílias que, não só receberam assistência técnica voltada para a superação da miséria, como também aumentaram a resiliência dos sistemas alimentares no semiárido brasileiro.
Mais de 74 mil famílias agricultoras já foram beneficiadas c om ações voltadas para a educação e inovação no campo . Assim, o projeto conseguiu retirar 87% das beneficiárias e dos beneficiários de assistência técnica e extensão rural da pobreza. Além disso, a iniciativa promoveu a realização de mutirões de documentação, com atendimento ágil e acessível para famílias em locais remotos, facilitando o acesso dessas pessoas , especialmente mulheres, em outras políticas públicas voltadas para o campo, como o Fomento Rural em parceria com o Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome.
Para Moisés Savian , secretário de Governança Fundiária, Desenvolvimento Territorial e Socioambiental do Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, a boa colocação do projeto não é o único indicador positivo: “o Projeto Dom Hélder Câmara III já está confirmado para acontecer a partir de 2024, e irá continuar atendendo milhares de famílias com mais justiça social, desenvolvimento econômico e preservação do semiárido brasileiro”, afirma .
Inovação que transforma de verdade
Um dos principais objetivos do Projeto Dom Hélder Câmara é a melhoria das condições econômicas dos beneficiários e das beneficiárias, sem que isso acarrete impactos ambientais. Por isso, 99% das famílias participantes adotaram novos insumos, práticas ou tecnologias, como o cultivo de caprinos e palma forrageira (para alimentação de rebanhos), adoção de sistemas de reaproveitamento de água, e outras alternativas que protegem e regeneram o meio ambiente do sertão.
Além de praticarem técnicas mais sustentáveis, cerca de 31% das famílias relataram também aumento da produtividade. Os números se tornam ainda mais impressionantes quando levamos em consideração as condições do semiárido brasileiro, por muito tempo compreendido como terras improdutivas, e que agora apresentam resultados positivos concretos.
Por: Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA)
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