CNPQ abre inscrições para Bolsa Sanduíche no Exterior
Programa é voltado para alunos de doutorado no Brasil e tem como foco a digitalização de espécimes provenientes da flora brasileira no herbário do Museu de História Natural de Viena
Estão abertas, de 30 de janeiro a 20 de fevereiro de 2024, as inscrições de candidatos à Bolsa Sanduíche no Exterior (SWE), com recursos do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), no âmbito do projeto Avanços na Parceria entre o Programa REFLORA e o Museu de História Natural de Viena.
Voltada para alunos formalmente matriculados em curso de doutorado no Brasil, a Bolsa Sanduíche no Exterior (SWE) – CNPq, será voltada para digitalização de espécimes provenientes da flora brasileira depositados no herbário do Museu de História Natural de Viena (Naturhistorisches Museum Wien). O bolsista deverá dedicar 20 horas por semana para esta atividade, podendo no tempo restante realizar estudos taxonômicos.
Uma iniciativa do CNPq, com coordenação do Jardim Botânico do Rio de Janeiro (JBRJ), o Herbário Virtual Reflora revolucionou as pesquisas sobre a flora brasileira, disponibilizando online imagens e dados de milhões de exsicatas (amostras de plantas) coletadas no Brasil e que estão em acervos de herbários estrangeiros e brasileiros.
Em sua primeira década de existência, completada no ano passado, o HV Reflora digitalizou e publicou online mais de 3,8 milhões de amostras de plantas, fungos e algas brasileiros. Também em 2023, recebeu um novo aporte de cerca de R$ 1,5 milhão do CNPq para a contratação de bolsistas. Este segundo edital faz parte dessa iniciativa.
O projeto atual dá sequência à digitalização das amostras do herbário W, do Museu de História Natural de Viena, e foi concebido como parte das comemorações dos 200 anos da independência do Brasil. O motivo é que importantes naturalistas que fizeram expedições em território brasileiro no século XIX vieram na chamada “missão austríaca”. Esta era parte da comitiva da então princesa e futura imperatriz Leopoldina, esposa de D. Pedro I, vinda da Áustria em 1817.
De acordo com a coordenadora do HV Reflora, a pesquisadora Rafaela Campostrini Forzza, muitas amostras do herbário W ainda precisam ser procuradas e não estão digitalizadas, de forma que o trabalho precisa ser feito por bolsistas acostumados a lidar com herbários. A expectativa é repatriar digitalmente entre 15 a 20 mil imagens nos dois anos do projeto, bem como transcrever os dados das etiquetas de todas as mais de 50 mil amostras digitalizadas. Além das angiospermas, nesta etapa do trabalho estão em foco também as exsicatas de briófitas (grupo ao qual pertencem os musgos), fungos e algas.
Acesse o Edital 2024 de bolsas para Viena .
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Edição: Ailane Silva
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