Economia

Mercadante: "O setor privado precisa de um banco como o BNDES"

Durante participação no CEO Conference do BTG, presidente do BNDES afirmou que a matriz energética limpa torna o país altamente competitivo no mundo

07/02/2024 18:11
Mercadante: "O setor privado precisa de um banco como o BNDES"
Foto: BTG Pactual/Divulgação


O presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Aloizio Mercadante, defendeu nesta quarta-feira (7/2) que o País faça um pacto de otimismo para impulsionar o desenvolvimento. A afirmação foi feita durante o CEO Conference, evento com investidores, realizado em São Paulo pelo BTG Pactual. “O Brasil pode mais e é isso que nós estamos insistindo, para voltar a confiança e a segurança”, disse ele.

Segundo Mercadante, o BNDES está fazendo parcerias para entrar em nichos estratégicos, tendo em vista o perfil da instituição de investir em grandes projetos estruturantes. “É o banco que mais financiou energia limpa e renovável na história do planeta. Por isso que nós temos essa matriz energética, porque tinha um banco público, que pensa a longo prazo e que é motor do desenvolvimento”, explicou.

O presidente do BNDES defendeu mais parcerias entre a instituição e o mercado para alavancar projetos importantes para o desenvolvimento do país. "Não tem metrô no Brasil, projetos complexos de mobilidade, sem o BNDES. Não tem saneamento hoje, projetos relevantes, sem o BNDES. Não tem nada de energia porque a gente chega a 35 anos de financiamento. O setor privado precisa de um banco como BNDES. É uma bobagem ficar brigando com o BNDES, tem que trabalhar junto e construir parceria", afirmou Mercadante. 

No evento, o presidente destacou as condições de competitividade que o País tem para atrair investimentos, tendo em vista a matriz energética limpa, em um momento em que grandes economias do mundo, como os Estados Unidos, estão promovendo a reindustrialização. “Nós somos mais competitivos em algumas áreas, por exemplo, em energia, em liderar a economia verde. Somos o primeiro país do G20 que pode, em 2040, chegar à emissão zero e, inclusive, exportar crédito de carbono”, completou.

Com 95% das exportações brasileiras feitas por navio, movimentando aproximadamente US$ 347 bilhões, e a necessidade futura de embarcações com motores com energia renovável, sob risco de multa, é importante a retomada do investimento na indústria naval brasileira, defendeu Mercadante. Segundo ele, o Brasil tem liderança em biocombustível. “É uma oportunidade de negócio para a gente liderar a transição para a economia verde e manter a competitividade das nossas exportações.”

Por: Agência BNDES de Notícias 
Edição: Daniella Cambaúva 




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